Essa garagem junto com a do Largo do Machado eram na região sul da cidade os maiores espaços ocupados pela Light para guarda de veículos, pois embora muito indentificadas com os bondes, essas garagens muitas vezes guardavam ônibus. Haviam inúmeras outras de médio ou pequeno porte espalhadas pelos bairros da cidade, algumas ainda ficaram praticamente intactas até os anos 90 como a do Leblon, e outras perfeitamente preservadas como a de Botafogo, hoje Arquivo Público do Estado.
A Viação Excélsior, uma das maiores da cidade nos anos 20 e 30 era de propriedade do “Polvo Canadense”, como assim era chamada a companhia canadense, que dominava vários serviços da cidade, do Gás à Luz passando pelos transportes.
Com o fim do serviço de bondes grande parte das garagens passou ao poder público, por desapropriação, ou por terem sido os terrenos anteriormentes doados pela municipalidade para o fim de garagens, retornando ao patrimônio público com o fim dos serviços.
O grande espaço da Garagem do Largo dos Leões ou do Humaitá como era também chamada foi dividida, entre a CEDAE, a COBAL, e a Secretaria Estadual de Educação. Estando essa divisão presente até hoje.
Comments (8)
OS antigos chamavam esses ônibus e calhambeques em geral de “cristaleiras”… e não é que parece mesmo?
Dos ônibus, não me lembro.
Mas do tempo dos bondes, aí no Humaitá, lembro muito bem: até porque um colega de Santo Inácio, famoso economista, numa travessura a bordo de um bonde que entrava nesta garagem, bateu com a cabeça num poste e levou uma quantidade enorme de pontos.
O grande economista bateu com a cabeça no poste ? Ahhhh.. então foi por isso ???
Tá explicado.
A de Botafogo estive muitas vezes lá quando era um dos escritórios do Metro, isto por volta de 1969 ou 70.
Adorei os ônibus!!!