Ao se procurar o nome das ruas que constam nas placas esmaltadas nessa esquina, em um guia de ruas atual do Rio nada se achará, as duas vias simplesmente desapareceram.
Não irei falar da mais conhecida, mas sim da menos. A Rua Luis Pinto, como podemos ver era uma região já a beira da decadência, talvez porque os moradores e proprietários já sabiam do sórdido destino de toda ela. Mas não só a decadência, mas também nas décadas anteriores a falta da cobiça dos especuladores imobiliários, mantinha no início dos anos 70 do séc. XX um conjunto urbano com casas térreas coloniais com a da esquina e as seguintes, sendo as últimas da foto do lado direito já com cara de vila operária.
A casa da esquina é muito interessante, nela vemos um pesado vértice em cantaria fora o telhado de telhas canal, muito antigas e disformes entre si, o que indica terem sido feitas “nas coxas”, ou seja, telhas do início do séc. XIX, embora o imóvel fosse muito antigo, a portada, ainda original, indica que ele sempre teve uso comercial, na época da foto aparentemente era ela lojinha de material de construção. Embora na porta logo após dobrar a esquina á direita, ela conte com uma bela escarradeira, costume antigo, onde até os açougues as tinham.
Na outra via, a qual ainda não direi o nome, vemos um pequeno prédio de apartamentos, com alguma inspiração déco, mas muito simples em suas linhas, com a fachada revestida de pó de pedra e a sua empena lateral já em petição de miséria. No vértice da esquina um belo exemplo de poste de iluminação padrão da Light, pois era o modelo mais usado na cidade.
Essa região foi completamente varrida do mapa, muitas partes ainda se encontram totalmente vazias, quase trinta anos da demolição final, outras foram utilizadas para usos até importantes para a cidade, mas que poderiam ser feitos em outros lugares, pois causam decadência no entorno.
Agora podemos falar que esquina era essa. Essa esquina era a das Ruas General Pedra e Luis Pinto, na Cidade Nova, do outro lado da Av. Pres. Vargas. Esse trecho, logo após o prédio da CEG, é composto por um grande vazio urbano e o centro de manutenção do Metrô. A Rua Luiz Pinto se alinhava mais ou menos com a rua Amoroso Lima, do outro lado da Pres. Vargas.
Foto do arquivo da família
Comments (7)
O seu acervo é impressionante.
Excelente resgate.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Muito bom.. às vezes eu dava umas escapadelas por aí quando saía da escola…
Tudo muito velho, abandonado e caindo aos pedaços.
Restam ainda na Presidente Vargas duas ou três fachadas da época que, num País civlizado e que preza sua história, com certeza seriam cuidados.
Ique / Rio
Do outro lado sa Amoroso Lima ainda há algumas construções arruinadas. Acho que vale uma ida ao local para tirar uma foto. Cadê o RAFA ?
Comunicação do amigo Francisco Rogido
Caro Andre, tentei deixar um comentario no blog mas nao consegui. Descobri ‘foi um Rio que passou’ e eh fascinante. Muito boa a tua iniciativa de colocar em versao digital o que ateh entao so poderiamos ver se fossemos a BN ou ao Arquivo da Cidade. Sou um entusiasta desse tipo de iniciativa.
Se voce tiver mais fotos sobre os suburbios (meier, cascadura, madureira…) e sobre o Centro ( rua mata cavalos, invalidos, e do catumbi…), farias mais um saudosista, arganaz de sebos, feliz.
Cordial abraco, Francisco Rogido
Francisco, infelizmente tivemos que nos comunicar dessa maneira, mas aguarde que as fotos das localidades por você pedida irão sendo postadas.
Abraços !!
foi muito prazeroso rever essa foto pois a casa ao lado do comercio é a que eu morei quando tinha mais ou menos 7 anos parabens pela recordação um grande abraço
Ismaelsom , vç não só morou nesta casa , vç nasceu nela.
Do Irmão.
Ismael.
O saldade.
você foi meu amigo na infância eu morava na casa ao lado com meu irmão jorge. Grande abraço, Alfredo ZahalA
alfredo ( te conheci como alfredinho ) liga para mim. 086 94679596 ou 086 32221553 ( do meu trabalho INCRA)
Morei na Dr Ezequiel em 1961. Lembro da venda na esquina de luis Pinto com General Pedra.
Inesquecíveis eram as festas juninas que fazíamos na Dr Ezequiel.
Estudei no colégio Jorge de Abreu Schilling, não sei se está correto o ultimo nome.
Saudade desses tempos….
Tia Flávia (falecida), morava na rua General Pedra. me lembro claramente, dessa rua isso foi em 1965,tia fafá como era conhecida morava com meus primos Jão, Jorge e Soninha. Lembro dos amigos dos meu primos que se chamavam Severino, e Gustavo eram irmãos e moravam ali perto tbm na General Pedra. em frente havia um quartel do bombeiro. na casa da tia Fafá tinha uma sacada que dava para a rua onde minha tia e minha mãe ficavam observando meu primo João jogar bola. Muito legal essas lembranças eu era feliz e não sabia. Hoje moro em Brasília há 44 anos.
Morei na luís pinto ao lado da João Caetano no ano de 1961 data em que nasci a 1974 , onde fui morar em Mauá. Lembro das festa de São Cosme e São Damião em que as crianças saiam pedindo doces nas casas, brincávamos de pega pega, bola de gude e outras brincadeiras da época. Tambes estudei na escola Jorge de Abreu Schilling, eu era apaixonado por uma menina chamada Marcia que também estudava nesta escola (+- 1968) só que ela não sabia. Se alguém deste tempo ler esta mensagem entre em contato , [email protected], hoje estou com 53 anos.
Esta foto da quitanda da esquina era do Senhor Manuel a casa ao lado era do senhor Alfredo e dona Nanci pais de Jorginho e Alfredinho.
Dona Nanci e seu Alfredo moravam do outro lado da Rua, onde tinha um açougue. Ele trabalhava no Teatro Municipal, como garçom e dava-me muitas entradas para o baile. Morei na Luiz Pinto, 7, meus pais eram Agostinho e Laura. Sinto muita saudade daquele tempo em que poderíamos brincar na rua.
Descobri que a Marcia morava na Rua Carmo neto perto da ponte que atravessava a ferrovia (+ – ) nº da casa era de nº 20 ao de nº 26 , não sei precisar, se alguém tiver lembrança ou conheceu esta menina que agora dever estar em torno de 53 anos , entrar em contato. Abraços Ismael
Foi muito bom rever a Rua Luiz Pinto, morei no nº 7, meus pais eram Agostinho e Laura, namorei uma garota que morava no nº 14, com uma professora de nome Marlene. Nesta Rua a quitanda da esquina eram dois sócios, seu Manuel e se Joaquim e na esquina com Presidente Vargas tinha o armazém gato Preto. N Rua Dr. Ezequiel tinha a passagem pela linha férrea onde soltávamos pipa e pegava peixinho. Morei desde 1951 e não me lembro quando mudei, Muito boa infâncias
Carlinhos aqui é o Luiz Antonio sobrinho de dona Ruth ( lembra de Mim) .
trabalhamos no Banco Nacional do Comercio Presidente Vargas 529. Lembra.
Amigo Carlos Pereira se tu leres esta mensagem ,responda para meu [email protected].
Morei no numero 21 da Rua Luiz Pinto.
Boa noite amigos.
Moro no Santo Cristo e fico fascinado com as fotos publicadas por aqui.
Uma das características do bairro é que somos isolados da cidade por conta da linha do trem e do metrô. Fico imaginando como era do “outro lado” antes de todas essas transformações.
Por acaso existe alguma pesquisa que cite as ruas desse pedaço da cidade, nesse trecho que vai da atual prefeitura, até mais ou menos a central do Brasil?
Até mais.
Morei na rua João Caetano paralela à rua Luís Pinto. O comércio da foto era a quitanda do Seu Manoel. A rua João Caetano tinha a maior festa Junina da região e ficava fechada da esquina da Rua General Pedra até a esquina da Avenida Presidente Vargas. Estudei no colégio Jorge Abreu Schilling e depois no Colégio Pedro II da Ria Marechal Floriano.
Eu tenho 64 anos estudei no colégio Jorge Abreu Shilling nos anos 64,meu pai era ferroviário,eu morava no Santo Cristo,na Marítima. Saudades desta época.