O prédio de concreto armado e 10 pavimentos era de propriedade da CEF e já vinha apresentando problemas há alguns meses, como estalos, rachaduras e descolamento das construções vizinhas, embora técnicos da PDF garantissem que não havia problema, muitos dos inquilinos permaneciam no imóvel com medo.
No dia 19 de Fevereiro de 1957, um forte abalo fez alguns inquilinos procurassem o jovem engenheiro que fiscalizava a construção de um novo prédio na esquina com a rua Gonçalves Dias, esse em breve vistoria, recomendou a desocupação imediata do edifício pois este corria o risco de desabar.
Horas depois o edifício desabou fragorosamente, por sorte já tinha sido o prédio esvaziado, produzindo muitos feridos e uma vítima faltal, o desabamento foi tão violento que o prédio virou pó, não sobrando um só trecho da estrutura íntegro.
Como a prefeitura do DF não tinha dinheiro, nem máquinas, pois afinal a prefeitura do Rio custeava a construção da cidade que causou a sua inexorável decadência, coube ao Departamento de Estradas de Rodagem, que provinha de receita própria e tinha máquinas modernas a remoção dos escombros do edifício. Como também a PDF estava sem pessoal técnico capacitado disponível, os engenheiros e arquitetos do DER-DF foram os responsáveis pelo laudo técnico.
O laudo concluiu que o prédio caiu por problemas em suas fundações. Na época da construção os cuidados básicos de se construir em uma área pantanosa, afinal estávamos pertíssimo da velha Vala, não foram observados e um dos pilares não foi bem assentado, causando o recalque do mesmo e o colapso de toda a construção.
Esse desabamento bem como o do São Luiz Rei na rua Figueiredo de Magalhães no Bairro Peixoto ano seguinte, também apurado pelo DER-DF, chamou a atenção para a deficiência das sondagens e o desconhecimento de muitas construtoras sobre o solo sobre o qual se erguiam os novos prédios de concreto armado cada vez mais altos e produzindo mais carga no solo.
Esses dois desabamentos desencadearam estudos que fizeram por muitos anos a engenharia brasileira ser lider em recuperação estrutural de concreto armado no mundo.
O terreno do prédio ficou desocupado por décadas, sendo nos anos 80 um novo edifício construído no local
Comments (16)
Isso mesmo, eu tinha o evento mas não tinha da data, como saiu na coluna o post pode ficar preciso !
Ah, André, agora entendi o teu comentário no Reclames do Seu Tutu. não tinha entendido, literalmnete, “o fiofó (da prisão de ventre) com as calças”.
Bem, mas esse desabamento na Rua do Rosário me lembrou outro, há uns quatro anos atrás, na mesma rua, quase esquina da Primeiro de Março.
Era um velho hotel e, apesar de gritos de alerta do porteiro, um casal que aproveitava a hora do almoço para um encontro amoroso, adormeceu e morreu soterrado.
Nessa caso, as causas foram, segundo os peritos, a reforma de um bar que havia no térreo.
Mas, voltando, ao prédio do post de hoje; alguém foi punido ou, como no desabamento do velho Club de Engenharia, na Av. Rio Branco, tudo passou em branco.
AG, era uma obra privada e não pública, se alguém foi punido, perdeu-se no tempo essa informação.
Aliás o proprio desabamento é bem desconhecido, o do Sao Luiz Rei é bem mais popular.
Já o desabamento de 2002, foi a consequência de uma obra desastrada num imóvel de pelo menos 300 anos e que sofreu centenas de modificações em sua vida útil
Estou aqui as gargalhadas imaginando o casal ao chegar diante de São Pedro, atordoado, a mulher radiante e o cara sem entender direito o que aconteceu… Sei que é humor negro, mas vão ser azarados assim no prédio que caiu!!!!
Impressionante a negligência de quem estudou tantos anos… inadmissível um engenheiro deixar ocorrer isso, ou o que ocorreu em São Paulo, no metrô.
Continuando com o comentário de Lefla, e se a mulher radiante quisesse um repeteco ????
desculpe a minha “inguinorança” mas o que é exatamente: estan de pokas las fotos!!
Que o post estar “cargando” tudo bem. Vai ver ele passou lá no “Recalames” do seu Tutu.
A impunidade, mais uma vez a impunidade.
Anadando por essas ruas estreitas do centro no final de semana me deparei com uma ambiência surpreendente, com belas fachadas em muitos pontos, muitas portuguesas com certeza.
O que passa, é que a gente tem de parar e levantar a cabeça para apreciar as fachadas, longe da multidão aflita que tenta nos pisotear nos dias de semana.
Se não me engano, o sobrado da foto da esquina, está sendo restaurado, inclusive com novos azulejos na fachada, feitos no Brasil por encomenda.
Isso se essa esquina for com a rua da Quitanda.
qtas pessoas sêrão necessárias ainda morrer em acidentes com seus carros mal construídos que não suportam uma batida? Essas fabricas vão para aí construir carros de péssima qualidade e os brasileiros ficam tirando onda com essas porcarias até a morte chegar num acidente.Muitas vidas seriam poupadas por pelo menos 20% mais segurança???Não adianta o país é uma bagunça e uma república de ladrões e irresponsáveis com seus juizes,políticos,desembargadores,médicos,ladrões assumidos,engenheiros(basta ver esse log).É por isso que vou abrir uma fabrica de caixões blindados(com chapa muita + forte q a lataria desses carros)para a sua segurança..asim todos vão tranquilos ao céu…hahahah
em tempo!refiro-me aos engenheiros que assinam qquer projeto por dinheiro…mesmo q esse venha prejudicar terceiros
Quem calculou as fundações devia ser um ‘171’, igual ao número do prédio…
E a proposito, o viaduto paulo de frontin?????