Nessa foto vemos o viaduto de acesso ao Túnel santa Bárbara recém inaugurado em um bairro que ainda mantem as características de antes de virar um bairro de passagem, características essas que serão perdidas em breve.
Todas as árvores desse trecho foram arrancadas e só hoje mais de 40 anos que o verde volta a aparecer junto as ruas nesse pedaço de bairro.
Não vemos um só prédio alto no eixo Rua das Laranjeiras/ Pinheiro Machado, o cenário ainda é dominado pelas construções do passado aristocrático do local.
Podemos ver o centenário prédio da Maternidade Escola da UFRJ ainda bem destacado na paissagem ao contrário de hoje onde prédios e o viaduto lhe achatam e fazem o velho prédio passar praticamente despercebido.
A aba do Morro Nova Cintra que avançava rumo a Rua Pinheiro Machado foi cortada para a construção. do viaduto, ganhando uma cortina de contenção e uma nova rampa de acesso para a sede da Construtora Carioca, que é instalada em um velho casarão senhorial de mais de 200 anos, mas que depois de inúmeras modificações em toda sua existência pouco guarda da sua arquitatura original.
Na década de 80 o Viaduto Engenheiro Noronha ganhou a companhia de mais um viaduto, o Jardel Filho, que visava acabar com o nó no transito da Rua das Laranjeiras que era de mão dupla até a Rua Ypiranga.
A construção do Jardel Filho acabou com o que restava de paisagem no local, transformando esse pedaço de Laranjeiras num trevo rodoviário.
Comments (15)
Esse lugar é realmente um cocô. A solução de construir mais viadutos apenas transfere o nó para outro local.
Vale lembrar a bela Embaixada da Itália que ficava à direita do viaduto, onde hoje existe um conjunto horroroso de prédios socados em um terreno que devia ter uma ocupação bem menor.
Ótima foto ! Vivi boa parte de minha vida em Laranjeiras, próximo ao Cosme Velho, e não cheguei a conhecer aquela linda casa em frente da maternidade escola (sou de 1963). Ao menos não me recordo dela.
Minha avó trabalhou na fábrica Aliança, na atual General Glicério. Nunca vi fotos da dita fábrica. Se vc tiver algo sobre ela, seria ótimo !
abs
Marcelo
q diferente!!
parece ate um vilarejo..
ai essas agressoes ao visual, ainda me chocam…
:**
O Hotel Canadá desabou, foi isso?
Esta casa centenária, no alto do morro, era o externato do Colégio Sacré-Coeur de Jésus (aquele cujo internato, atual casa de retiros e de estudos, ficava no Alto da Boa Vista).
Não sabia qua tinha sido da Construtora Carioca.
A partir de meados da década de 70, passou a ser a sede da CIE – Companhia Internacional de Engenharia, depois IESA – Internacional de Engenharia S.A. (pertencente à MKE – Morrison Knudsen Engenharia e, depois, ao grupo da Montreal Engenharia).
Desde o fechamento da IESA, na década de 90, está à venda ou locação ou leasing ou qq coisa…
Tenho quase certeza que esta era a casa de Pinheiro Machado, quando ele foi assassinado. Alguém confirma?
muito interessante!
Minha irmã estudou vários anos no externato do Colégio Sacré-Coeur de Jésus até antes da faculdade creio. Nesta época eu tinha como hobby a fotografia e tirei muitas fotos lá. Cheguei a ganhar um bom dinheiro pois enquanto as freiras tiravam fotos de turma tradicionais eu tirava fotos das meninas na maior bagunça e elas adoravam e compravam, fazia também muitas cópias em papel alto constraste e montava como poster; mais uma graninha que entrava.
Um pouco de pesquisa no Google, e está confirmado: o Sacré-Coeur / IESA é mesmo a casa de Pinheiro Machado. Um segundo prédio, moderno, foi feito no mesmo terreno, mas o prédio original está lá.
Ver http://bbs.keyhole.com/ubb/download.php?Number=744624
Esse local é um inferno atualmente. Mme morou num predio bem defronte à subida desse viaduto. É inimaginável como alguém pode morar de frente à essa barulheira que dura 24hs.
:-))
tem ela em alta?
Clauderio, minhas irmãs estudaram 1 ano lá, acho que em 1956 ou 1957. Depois, foram para o internato, até 1964 ou 65.
Continuo achando esse fotolog a coisa mais incrivel!!!
Transmite pureza essa foto, sem os engarrafamentos constantes e sem o “Pereirão”, veja só.
Se o povo nessa época já tinha saudade do Rio Antigo, o que dizer depois de décadas de destruição …