Nessa foto de Malta de um ângulo pouco explorado, esquina da Rua da Carioca com Uruguaiana, onde hoje há uma loja do Ponto Frio, podemos ter uma idéia da disposição do largo no quarteirão entre as Ruas de São José e Assembleia.
A foto nos mostra que o desaparecido quarteirão era bem extenso e era o que fazia fronteira com o Largo da era Passos, que aparece com destaque.
Os bondes que vemos saem da Rua da Assembleia e podem se encaminhar tanto para a Uruguaiana como para a Rua da Carioca, vemos que há linhas duplas em todos os sentidos.
O pedestal monumental, que até hoje se encontra no mesmo lugar, já estava instalado, mas ainda estava encimado por um conjunto de grandes luminárias e não pelo relógio tão famoso, ou seja apenas o pedestal é de 1919 o relógio é bem posterior, talvez do final dos anos 20.
Apesar da resolução da foto ser péssima, tudo indica que o Chafariz da Carioca já tenha sido removido, o que demonstra que essa foto é posterior a 1925.
O grande prédio que fecha a foto é o Hotel Avenida.
Comments (11)
Nossa, é mesmo. Que belo “emaranhado” de trilhos.
Saudades de andar de bonde.
Me lembro bem deste quarteirão desaparecido que ajudava muito à compor o entorno do Largo.
Hoje o espaço vazio deixado pela demolição abriga camelôs dos mais variados.
É de se chorar se comparamos com o que é hoje em dia.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
As vezes penso que nestes tempos havia mais movimento de pessoas nas ruas do que comparado aos dias de hoje,muitos estudiosos dizem “As ruas fervilhavam”
Estive de pé hoje na esquina de onde foi tirada a foto, esperando o ônibus… E estava pensando justamente em como deveria ser o lugar antigamente.
Vinícius, esse quarteirão permaneceu íntegro até o final dos anos 60, embora na esquina da Rio Branco o prédio original foi destruído por um incêndio nos anos 50 tendo havido alí só instações “temporárias” como uma conscessionária de automóveis posteriormente. Com a construção do De Paolli a Nilo Peçanha foi prolongada e esse trecho da São José deixou de exixtir.
Uma dia em Lisboa, atravessando a Prça dos Restauradores ouvi de um lisboeta bem “alfacinha” a seguinte frase dita com certo ar de tristeza;
– Isto um dia quase veio abaixo para aqui fazer-se uma grande esplanada com edifícios modernos como vós tendes lá no Rio de Janeiro…
Fiz uma cara tão mefistofélica que o pobre do homem assustou-se.
Quem não conhece e quiser conhecer a chamada Baixa Pombalina em Lisboa, entre nos sites da cidade (que agora são bons; eram uma merda) e vão ver o que o Rio poderia ter sido.
Quem quisesse fazer edifícios modernosos não faltava lugar no Rio daqueles tempos. Como, por exemplo, Paris fez com a Defense.
Mas não; a ganância, a petulância, a mediocridade fez essa mixórdia que temos hoje, por exemplo, no Largo da Carioca.
Mas já falamos tanto disso.
Anfré, obrigado.
o log de hoje deveria ser de luto em respeito a esse menino vítima da barbárie que assola o RJ…impossível de se ficar apático;;;