Café Bar Simpatia
Edmundo Anjo Coutinho, pai de grande amigo e também outro grande amigo e apaixonado pelo Rio antigo e colaborador deste flog, bebe um chopinho com um colega no desaparecido Café Bar Simpatia.
A foto nos mostra as tradicionais mesas e cadeiras de palhinha do bar, que ficavam nas calçadas da Rio Branco e que por décadas serviram ao ócio e a “contemplação da paisagem” da avenida.
Na foto vemos que o prédio, colado na Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, contava com uma marquise, possivelmente colocada nos anos 50 e que foi retirada quando o mesmo foi restaurado no final dos anos 80. Mas o mais engraçado é o letreiro do Simpatia, oferecido pela Água Mineral São Lourenço, algo impensável nos dias de hoje. O Simpatia ocupava a esquina com a Rua do Rosário e ia pela Rio Branco até se encontrar com a Casa Esperança, de loterias, personagem de um post aqui no flog ( http://www.rioquepassou.com.br/2006/03/02/), e já quase na Rua Buenos Aires, onde o prédio vai ganhando profundidade ficava a casa Piano, de câmbio.
O urbanismo da Avenida ainda guarda muito das décadas anteriores a iluminação com os postes originais nas calçadas ainda funcionava, embora nesse ano seria substituída pelos postes curvos, que ficaram até o Rio Cidade, vários prédios antigos ainda estavam de pé, embora em outra foto dessa série, tomada em sentido inverso mostra que o prédio que ficava no triangulo entre as ruas do Rosário, Miguel Couto e a Av. Rio Branco, tinha acabado de ser demolido.
De resto a foto mostra um rio mais tranqüilo, e um Centro sem camelôs e pedintes insuportáveis que inviabilizam hoje se beber ou comer em qualquer lugar aberto.
Comments (16)
Um Rio muito mais civilizado, sem nenhuma dúvida.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Post de ontem:
Encontrei uma referência que dá 1952 como inauguração do primeiro supermercado Disco (Distribuidora de Comestíveis), do qual era sócio o poeta Augusto Frederico Schmidt. Li, aliás, que ele também foi um dos fundadores da Panair do Brasil.
Também aprendi um bocado, André. Não fazia a menor idéia que esta estrutura tinha tanta história.
O Disco No 2, na Voluntários, tinha a característica de ter um lago com peixes “de verdade”. Uma idéia maravilhosa para distrair as crianças (como eu) enquanto as mães e tias faziam compras.
Saudades do Simpatia e de cada loja deste quarteirão…
Muito bacana aqui, adicionei
Andresíssimo,
acho que, num passado remoto, surgiu aqui uma discusão sobre o edifício que lá está hoje.
Parece que fui eu que disse que a atual construção é um fake, isto é, uma espécie de cenário de Hollywood. Mas teve alguém que constestou e afirmou que há interior no prédio.
Continuo afirmando que não; que é tudo apenas aparência.
Quanto ao velho Simpatia, me lembro que nos meus tempo de criança ia, ivariavelmente, a dois lugares com meu pai. Ao Simpatia e à Livraria José Olympio na Rua do Ouvidor.
No primeiro meu pai bebia um chopinho com os amigos e eu um guaraná champangne Antártica.
No segundo eu ficava olhando aqueles intelectuais todos (do ponto de vista da canela de cada um) e os achava uns chatos.
Ah, se fosse hoje….
Andre, há muito vejo seu blog e me encanto com as fotos e com essa sua iniciativa. Parabéns.
Também tento fazer contato com você sobre um interesse particular nas fotografias que aparecem calçamentos de pedras portuguesas. Posso aguardar um contato seu?
Obrigada.
Difícil de reconhecer o lugar. Não se vêem prédios ao fundo, e a marquise descaracterizou completamente o prédio.
Andre, esses postes não são os originais, como você mesmo contou, foram instalados nos anos 30, não foi?
Acho que os prédios antigos deviam ser poucos em 1975. A maior parte dos edifícios da Rio Branco foi construída até os anos 60, e alguns dos mais novos (como o Manhattan Tower e aqueles perto da Rua da Ajuda) já são de terceira geração.
Eu acho que de uns anos pra cá os bares do Centro estão sofrendo um “revival” com as “happy-hours”.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Rafael, a base dos postes eram as mesmas de 1906, só foram trocados os braços e luminárias nos anos 20, passando de combustores, antes a gás depois transformados para usar lampadas, por globos.
Na esquina a casa de câmbio Piano, do na época conhecidíssimo e socialaite, Alvaro Piano.
Depois veio a redentora e a sopa de trocar dólar em loja de câmbio virou coisa de país civilizado.
E para quem gosta de uma fofoca, pequise o rolo que houve depois entre o Alvaro Piano, uma mulher e o Uruguai.
Mas, André, e a minha pergunta lá de cima ? O prédio atual é cenográfico ou não ?
E o refresco de côco do Simpatia, hein? Com gelo jogado no liquidificador… Só quem tomou sabe o que era! Tão simples, mas perderam a fórmula. Ninguém faz nada parecido.
(Se alguém souber de algum, favor informar)
Também tenho a mesma dúvida do AG. Mas com certeza a parte mais profunda do prédio tem dois andares ocupados sim.
Aliás o texto está ao contrário, a parte onde o terreno se estreita fica na Rua do Rosário.
O prédio deve ser ocupado pela a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, pois o prédio é dela, e na construção da Rio Branco ela perdeu o adro, e uma casa paroquial.
Deve-se inclusive entrar pela igreja