Nessa foto vemos a complexidade das obras para a troca dos trilhos de bonde na rua Uruguaiabna em 1909.
Na época a Light efetuou obras para troca de seus trilhos em vários bairros da cidade, principalmente nos ramais das companhias rivais absorvidas, como a Villa Izabel, a fim de aumentar a velocidade dos carris e diminuir o tempo das viagens.
No caso da foto é clara a mudança da bitola dos trilhos, a velha pode ser vista a esquerda da foto junto a um grupo de operários que remove um pequeno trecho remanescente, é flagrante a diferença do velho com o novo, sendo feita uma comparação direta com trilhos novos que praticamente se juntam aos velhos.
A foto é tirada no sentido Norte-Sul, vemos ao longe as torres da igreja do Rosário, infelizmente a contagem dos quarteirões não pode ser muito precisa, mas acredito que tenha sido tirada da esquina da Avenida Marechal Floriano, o toldo com o número 226 é a minha melhor prova e referência, pois esse é o número do Paladino, fantástico armazem e bar onde se servem ótimos sanduíches, justamente na esquina da Mal Floriano com Uruguaiana.
Comments (9)
Então a seguinte é a estreita Teofilo Otoni e depois o vazio existencial da Av Pres Vargas que criou uma fronteira, dividindo o Centro em dois…
Quanta gente trabalhando!
Não encontrei informações sobre essa mudança no site do Marcelo Almirante, mas lá diz que várias das linhas primitivas da cidade operavam em bitola de 82 cm, enquanto as linhas da Light usavam a bitola padrão anglo-americana de 1,435m.
Você sabe se essa obra teve a ver com o alargamento da Uruguaiana no período Passos? Dá a impressão que só havia uma linha de bitola estreita, seguindo pelo lado da rua onde a linha nova já está sendo assentada.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Rafael, a vinculação com as obras de Passos, pelo menos aqui na Uruguaiana são flagrantes, mas pelo que li as mudanças de trilhos foram muito mais amplas que as áreas atingidas pelas reformas de Passos
Quanto trabalho jogado fora!
Durou apenas mais uns 55 anos, o que para infra-estrutura de uma cidade é muito pouco tempo…
Que grande coincidência!! acabei de chegar lá do Paladino, onde almocei um ótimo “sanduba” de copa com queijo prato. O prédio defronte, o de número 119, ainda está lá com as mesmas características porém, bem conservadinho. Na parte debaixo ainda existe um comércio, funciona uma loja de ferragens, materiais elétricos e hidráulicos.
Obs. gostei muito da definição que o do jban deu, para a Av. Pres. Vargas.
Um abraço.
É, a Pres Vargas é sem dúvida, se não um muro, talvez uma espécie de fosso divisório da cidade…
Mas nem consigo imaginar a cidade sem ela! Já a conheci assim…
Bela foto, como sempre! 🙂
*s Bom dia!