A foto de hoje nos mostra uma das ruas que hoje fazem parte do pitoresco “centro” comercial do Rio, onde judeus, árabes, ciganos, chineses e coreanos vivem na mais perfeita harmonia e defendendo seus interesses em comum.
A SAARA surgiu da união dos comerciantes contra uma grande ameaça, a construção da Avenida Norte-Sul, que iria devastar a região de vez, pois anos antes um pedaço da região foi extirpado com a construção da Av. Pres. Vargas.
Unidos, eles conseguiram do Governador Carlos Lacerda mudanças nos planos da aveninda, que aliás acabou não saindo do papel. Hoje a SAARA preza pela manutenção daquele comércio tão pitoresco, bem como na manutenção e reformas dos imóveis e da região, deixando-os mais atrativos para os consumidores.
A foto de hoje mostra a rua Senhor dos Passos, possivelmente na esquina da Av. Tomé de Souza, aberta por Passos, para comunicar a rua República do Libano com a rua Marechal Floriano. A avenida hoje com a abertura da Av. Pres. Vargas perdeu a sua função e é hoje uma das ruas de pedestres da região. No fundo a vegetação do Campo de Santana
Notem a substituição da iluminação à gás, com os lampiões ainda nas paredes dos sobrados, pela a elétrica com as suas arcadas.
Comments (13)
Da-lhe Nostalgia !!!
Belo post duplo!
bom dia, sr especialista em copacabana
Quanta criança!
Dá para perceber que muitas famílias moravam lá na época.
Interessante o Deranio haver tocado no assunto de que muitas pesoas ainda moravam na área na época dessa foto. Outro dia andando pela Regente Feijo, proximo ao SAARA, vi uma antiga construção praticamente intacta, o que me chamou atenção é que o portão de ferro ainda ostentava o nome “AVENIDA”, ou seja um “corredor” com casas ao fundo. Coisa tipica do inicio do século. Ainda havia uma antiga plaquinha de V.N., ou seja vigia noturno
Boa tarde,André. Os arcos com as luminárias ainda existem, se não me engano,na rua do Ouvidor,e talvez mesmo em outras transversais.
E a vegetação do Campo de Santana parece estar do mesmo tamanho de hoje.
Nossa…. quanta diferença pros dias de hj… estive lá essa semana e conseguir andar é privilégio de poucos ali. Boa época essa da foto…
Eu gosto muito de ir ao Saara. Por incrível que pareça tem coisas que só se encontram lá. O que mais me impressionou nessa foto é a população negra que está ali. Isso mostra que árabes e judeus chegaram depois, não?
A história da Av. Tomé de Souza me lembrou de uma avenida projetada e jamais construída nas redondezas, que prolongaria a Av. Gomes Freire (outra obra de Passos, que começa “do nada” na Rua da Constituição). Já vi esse desenho em algum mapa antigo. Curiosamente em frente à Gomes Freire existe um terreno enorme usado como estacionamento, vazio há muito tempo, como se tivesse sido desapropriado para a construção da tal avenida.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Waldenir as lumimárias foram retiradas da rua do Ouvidor no início dos anos 90, hoje pelo que me recorde só há arcadas na rua Gonçalves Dias, perto do Largo da Carioca onde ela não foi “modernizada”e nos Becos dos Barbeiros e Cancela. Há uma outra abandonada na rua Miguel Couto junto com a igreja da Boa Morte
A restauração das arcadas da Rua do Ouvidor é um daqueles projetos que vêm sendo eternamente anunciados e jamais saem do papel.
Não sei se as arcadas foram retiradas numa ação organizada, ou se simplesmente foram “apodrecendo”. Os suportes ainda estão quase todos lá (alguns até em prédios modernos), em alguns lugares existem “meias-arcadas” e em outros, cabos suspensos, como se as estruturas tivessem sido simplesmente abandonadas.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Não Rafael, elas foram retiradas após a iluminação da rua ter sido substituída. Já onde haviam meias arcadas ou cabos de aço é onde prédios modernos foram construídos apos os anos 60, quando a Light abandonava paulatinamente a iluminação pública e já não obrigava mais as construtoras colocarem os prisioneiros na fachada para os suportes serem presos
Não sei o que é mais vergonhoso… deixar as antigas estruturas “apodrecerem” ou retirá-las numa ação deliberada como esta.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Veja que interessante, sempre passo pela Rua Uberaba, no Grajaú, Rio de Janeiro-RJ, e vejo uma plaquinha em determinada casa, com as letras V.N., na fachada.
Por curiosidade, pesquisei na internet, e a única referência que encontrei foi este comentário que o edubt fez há quatro anos. Obrigado por matar minha curiosidade, e parabéns por manterem a resposta no ar. Luiz, Rio de Janeiro-RJ