Vemos nessa foto dos anos 40 uma das figuras extintas em nossa cidade, o peixeiro e seus cestos.
Normalmente a mercadoria era adquirida no velho Mercado Municipal no bairro da Misericórdia e os vendedores chegavam nos locais onde havia a sua freguesia de bonde, sem dúvida usando o famoso bonde Taioba, ou possivelmente o Bagageiro que possuia uma estação junto ao mercado.
A foto mostra um estudante da Escola Americana e um senhor que aparentemente posa para foto demonstrando como a mercadoria era oferecida, reparem num dos cesto apoiados no meio fio para ficar mais próximo do “freguês”.
O local da foto depois de muitas suspeitas e análises caiu no final da rua São Clemente, após o seu encontro com a rua Real Grandeza, onde ela tem trechos em curva até chegar na rua Humaitá, onde parece estar o único prédio que aparece na foto. Bem, essa é minha análise, o que vocês acham.
Foto: Coleção Desmond Cole
Comments (27)
André !!
Meu avô Giovanni e meu tio-avô Salvatore foram peixeiros em Ipanema na década de 30 !!!
Veja a foto em:
http://www.flickr.com/photos/40302928@N00/101567451/
Meu tio avô em:
http://www.flickr.com/photos/40302928@N00/101567452/
Uma das inúmeras atividades do meu avô em sua longa vida, foi vender peixes em Ipanema com os cestas às costas. Comprava-se o peixe de madrugada no Mercado Municipal. Tomava o bonde e de manhã bem cedo já estava andando pelas ruas do bairro na década de 30, apregoando as mercadorias e batendo na porta da freguesia. Me contava que em alguns lugares tinha tanta areia, que ele ligava para a casa do cliente, do armazém mais próximo, para saber se iam querer alguma coisa.
A bolsa de couro era onde levavam o dinheiro e era visada pelos malandros da época, mas os peixeiros sempre andavam com a sua faca peixeira dentro do cesto para cortar o peixe e se defender.
Aposto sem medo de errar, que esse aí era Italiano, da Calábria, nascido em Paola, Fuscaldo ou San Lucido… 90% da colônia no Rio é desta região.
:-))
Caro Langaard, Desmond Cole foi um diretor da Escola Americana, que guarda uma grande paixão pela nossa cidade, tendo montado uma bela coleção com fotos de profissionais, bem como de alunos e professores da EA, por isso de eu estar especulando de onde seria o rapaz.
Eu ia perguntar exatamente como você sabia sobre o colégio.
Gente… imaginem o esforço que é ter que carregar o dia todo estas duas cestas abarrotadas de peixe, ter que falar com as pessoas, e ainda por cima saber que no fim do dia nao pra pra aproveitar a mercadoria pro dia seguinte (especulo eu)… U_U …
O cheiro do peixe devia ser insuperável. E no calor, temo que os bichos não deviam estar lá tão frescos… Enfim, o poser tá carregando algo debaixo do braço. Pode ser um atum. Será?
Acredito que seja mais no inicio logo apos a Guilhermina guinle e a eduardo guile!
Proximo do colegio santo inácio que não sei se existia na epoca!
O Andre está numa onda de lugares misteriosos… primeiro aquele posto da Standard, agora esse aí.
Os caras andavam carregando peixe fresco o dia todo em cestos, sem gelo? Duvido que o negócio fosse fresco, limpo com certeza não era, e o cheirinho a bordo do Taioba devia ser uma coisa…
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Caro xará, no trecho que vc mencionou é forte a visibilidade do Corcovado, o que não acontece nessa foto, o único morro que vemos é o Dois Irmãos lá no fundo, alinhado com o poste junto a cabeça do peixeiro
Também acho que é perto do Santo Inácio mas no outro sentido: parece a casa dos Paula Machado.
Luiz, então o morro lá atrás seria o Pão de Açucar ???
Estou com o Luiz e conheço bem a área. Isso aí é quase em frente à Igreja do Santo Inácio. O morro atrás é o Pão de Açucar e a grade em frente da casa dos Paula Machado.
Aquele alí é o Luiz D´indo para o Colégio.
Quanto ao peixe do peixeiro, era fresco sim e comprado todo dia. o que sobrava era consumido pelo mesmo em casa… e prejuizo certo… histórias do meu avô…
Me lembro muito dos vendedores de legumes e frutas usando estes cestos, mas de peixe não… então não devem ser do meu tempo.. provavelmente não alcançou a década de 50/60
Acho que precisaremos do Rafael, tenho cá minhas dúvidas se o morro lá atrás é o Pão de Açúcar
Gente, na boa: lógico que o peixe não era fresco. Imagina o calor de 40º, uma pessoa com um cesto de palha cheio de peixes, andando de porta em porta.
Pergunto: quem compraria? Isso deve ter alguma explicação. O cara devia vender o peixe bem cedo, antes do sol ficar pino. Se não, era fila de gato andando atrás dele…
Eu acho que o muro é da casa do Lineo de P. Machado tb…
Hummm…. vou conferir amanhã…
Depois que falaram da casa dos Paula Machado, estou achando razoável… o prédio grande ao fundo seria aquele na esquina da rua Estácio Coimbra, bem antigo, com um grande jardim.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Pois é Rafael, é a única possibilidade de ser no sentido contrtário, aguardamos as verdades fotográficas do “Rio Hoje”!
Com o tempo, o pobre homem devia adquir uma lordose ou uma bursite infernal
E um olfato seletivo, Solange, de certo…
O uniforme do Colegio Amaro Cavalcanti, no largo do Machado, tambem tinha esta aparencia militar. Eram de tecido grosso, cor quaki e com botoes de metal. Usado com camiza branca e gravata. Parecia mais uma farda militar que uma roupa para se assistir aulas.
Interessante essa informação sobre os italianos q vieram para o RJ. Meus bisavós vieram de Parma, eu achava q a colônia italiana fosse pequena, restrita a poucas cidades, mas parece q não.
Sabe de alguma informação a mais?