Vemos o urbanismo da Lapa nos anos 50, nosso fotógrafo se encontra no início da subida da Ladeira de Santa Teresa.
Vemos a arcada dupla da rua do Riachuelo, por onde passa o bonde com bastante gente pelos estribos, acompanhando os Arcos vemos a segunda arcada dupla, para acesso da Rua dos Arcos, ambas arcadas foram fechadas no governo Lacerda, quando os Arcos sofreram a sua primeira grande restauração, voltando a possuir as suas caracteristicas coloniais.
Praticamente todas as construções que vemos na foto não existem mais, demolidas nos anos 70 numa atabalhoada reforma urbana que destruiu todo o casario da Lapa apos os Arcos, e algumas um pouco antes para a construção da nati-morta avenida Norte Sul, hoje Av. República do Paraguai.
Das curiosidades podemos enumerar duas, primeiro o luminoso, aparentando ser bem mais antigo que a época da foto, da “Escola de Chauffeurs Internacional” que ficava no sobrado que até pouco tempo atrás funcionou uma loja de móveis e hoje se encontra abandonado em em ruínas por causa de um incêndio. A segunda curiosidade é o poste de iluminação junto ao bonde, que foi esquecido na reforma dos anos 70 e permaneceu (funcionando o que é mais impressionante) numa Lapa “moderna” até os anos 90, quando foi retirado na reforma para o atual urbanismo, ele inclusive aparece num clipe do Guilherme Arantes !!!!
Comments (18)
Como era bom (e perigoso!) andar no estribo do bonde. E, quando havia um caminhão estacionado, todo mundo tinha que descer, passar pela calçada e retomar seu lugar um pouco mais adiante, inclusive o cobrador. O motorneiro, gentilmente, reduzia bastante a velocidade para dar tempo dos “passageiros” retomarem seus lugares. Quem viveu, viveu. Não dá para explicar como era bom.
Ah! esqueci de um detalhe: ao se aproximar do eventual caminhão estacionado, o motorneiro gritava para a turma do estribo: “Olha a direita!”
lindo registo!gostei!
eu já estive aí nesse sitio onde a foto
foi tirada.
foi em 1990
O Rio é muito lindo,já foi a Cidade mais
linda que vi!…
uma boa tarde para vc!
Lá atrás parece ser o Morro de Santo Antônio… ainda não tinha sido arrasado ?
Não Derani, nessa época, acredito ser início dos anos 50 o morro de Santo Antônio ainda estava praticamente inteiro
André e os postes: um caso de amor eterno!
Decourt, você ainda está se confundindo com as aberturas dos Arcos. A Mem de Sá e a Riachuelo passam pela mesma abertura, a segunda abertura era da Visconde de Maranguape, perto da Fundição Progresso.
Tem uma marquise ali no canto direito que deve ser de um prédio alto que havia na (também finada) esquina da Evaristo da Veiga com Mem de Sá e que aparece em fotos panorâmicas da região, já postadas aqui.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Rafael então nessa época a abertura não servia para a rua Mem de Sá, há um placa de sentido único presa numa das arcadas, dá para vê-la nessa resolução precariamente, na cabeça do primeiro pingente que está no reboque do bonde.
Tem um mapa antigo que aparecem 3 arcadas duplas
A marquise metálica é mesmo do prédio
Volto a recomendar um passeio pelos links do site http://www.luiz.delucca.nom.br/acbneo/tablinks_geral.html, principalmente os links “Alto da Boa Vista” e “Santa Teresa”. É claro que não podem deixar de ver o “Página Histórica da Light”. Recomendo MESMO.
No de Santa Teresa, não deixem de ver o “Silvestre Charter 1996”. É alguém que realizou um de nossos sonhos típicos.
http://www.flaviorio.globolog.com.br
Andresíssimo,
me lembrei do poeta Chico, o Carioca:
“Eu fui à Lapa e perdi a viagem; que aquela tal malandragem, não existe mais”.
É isso aí, não existe mesmo. Geraldo Pereira e Madame Satã ainda são lembrados por alguns poucos.
Os sítios que o Flávio recomenda são imperdíveis.
Ih… então já não entendo mais nada sobre as arcadas duplas dos Arcos…
Por muito tempo achei que tivesse sido uma só, nos fotologs vi que eram duas, agora dizem que foram três?!…
Fato é que a Mem de Sá e a Riachuelo se juntam ao pé dos Arcos.
Sílvio Santos nasceu na Lapa.
Eu conheci bem esta região, e afirmo que no temporal de 1966, vários predios da Rua dos Arcos foram comprometidos, e alguns até desabaram,nesta época eu era “Oficeboy” no centro da cidade e cheguei a cortar caminho da Pça tiradentes para os Arcos, passando pelo morro de Sto Antonio,que alias tinha outro pedaço de arco.
Que incredível arcada!
Muito bela!
Não posso acreditar que assim era Rio.
Saludos desde Santiago do Chile (Eu seu colombo-chileno, por isso meu flog bogotano)
Pd: Não falho português. Perdão si eu escreveu mal.
Inventaram mais uma moda no fotolog… agora aparece a fotita da pessoa que posta.
Informação do meu pai: “A escola de “chauffeurs” do letreiro foi onde o “nonno” (meu avô) aprendeu a conduzir e obteve a sua carta de condução. Aliás, aquele trecho de rua ainda é Evaristo da Veiga (até a Joaquim Silva. Dali em diante começa a Ladeira de Santa Teresa). Passar esta informação para o teu amigo que descobriu a foto.”
Ai vai um depoimento de quem viveu boa parte da vida na Lapa
Uma coisa que sempre me maravilha é lembrar que na época que esses arcos foram projetados e construidos, não havia computador, maquininha de multiplicar, régua de cálculo, nada.
Era tudo na cachola e na ponta do lápis.
É espantoso.