Construída na segunda metade do sec. XIX a estação da finada Companhia Ferry, além de dar conforto aos passageiros que faziam a travessia para Niterói, ela inovava, também pelo tipo de barco utilizado e pelo uso de pontes de atracação, algo que não exisitia nas embarcações que faziam a travesia antes, mesmo nas barcaças à vapor da classe da “A Especuladora” que começaram a navegar em 1835.
Essa estação deixou de existir em 1906 quando a nova estação foi inaugurada, arrisco dizer que essa foto é de antes de 1889, sendo por isso das pioneiras em nosso pais. A razão para tal “achismo”, já que não tenho nem o autor nem a publicação da foto, é que no topo da estação ainda está grafado o nomo de companhia Ferry, que deixou de existir nesse ano, transformando-se na cia Cantareira
Comments (9)
Ninguém de bermudas, chinelos ou sem camisa…
Segundo o Jô, no “Xangô de Baker Street”, era considerado deselegante, ao menos pelos ricos, mostrar que estavam sentindo calor. Não sei se isso é verídico…
No livro isso é mostrado pela perplexidade do Sherlock com as carruagens de capota levantada e os homens de casaca escura.
Eu acho que deve haver uma grande dificuldade para reconstituir o aspecto que as cidades tinham no século XIX. Porque quase tudo da época foi demolido, os conjuntos urbanos preservados, em Minas e Paraty por exemplo, são do século 18 para trás.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Acho que tem tudo a ver. Eu vou ao Leilão, se quiser te ligo e nos encontramos lá. De repente conversamos com alguém. Abs
Lefla te ligo mais tarde !!
Neoclássico, típico das construções do Segundo Reinado. Com certeza do período imperial.
Os motorneiros da Light vestiam pesados ternos, desenhados para o clima do Canadá. Um cavalheiro trajava quilos de vestimentas. Acho que por isso é que as pessoas eram tão circunspectas: qualquer movimento a mais era um horror.
Uma historinha que não tem muito a ver com a antiga estação da Cantareira, mas de acordo com o que o Rafael e o Antonio dizem aí em cima:
Lembro de uma coluna do Ibrahim Sued na década de 80, onde uma notinha típica de coluna social dava conta que Jorginho Guinle teve o dissabor de ver seu Mercedão enguiçado em plena avenida. Dizia a nota social: “Flagrado empurrando o carro debaixo de um sol escaldante mas sem derramar uma única gota de suor, como condiz a um gentleman da mais fina estirpe”.
Ibrahim e Jorginho revelam nessa historinha um pouco desses antigos detalhes a respeito de classe e distinção. Resumindo: o importante era manter a pose!
Bem, pessoal, pelas minhas leituras dos costumes da época, nestes tempos trabalhar era tarefa de escravos e operários, e não era de bom-tom um cavalheiro ser apanhado nessas indignas tarefas.Os senhores bem-nascidos não faziam absolutamente nada , não tomavam uma nesga de sol,portanto suas peles brancas deixavam transparecer sua veias, daí advindo a expressão “sangue azul” para designar os nobres.Imagino que o cidadão se arrebentava todo, mas não perdia a pose.
O Brasil é tão louco que vi, com estes olhos que hão de ser doados, um Rolls-Royce com o capô aberto, em algum ano da década de 70. Foi pertinho do Hotel Nacional. Um cavalheiro inglês desmaiaria se isso ocorresse. A fábrica negaria a possibilidade.