Nessa foto vemos o Aterro recém inaugurado, vemos as marcas das placas de grama nos canteiros entre as pistas.
A região não ajardinada na direita da foto, onde hoje temos o restaurante Porcão Rio’s, permaneceu assim até a metade dos anos 70, pois alí se localizou a fábrica de tubos para o emissário de Ipanema.
No encontro das Avenidas Oswaldo Cruz, Ruy Barbosa e praia do Flamengo temos a praça Cuauhtemoq, mais conhecida por praça do Índio por causa do belo monumento decô oferecido pelo governo do México, na foto podemos ver que ainda há marcas no velho litoral, apesar de a pista sentido centro da praia do Flamengo já ter sido deslocada para junto as novas pistas do Aterro, eliminando a pronunciada curva que ali existia, as árvores da Ruy Barbosa que ali ainda existiam marcam o velho traçado.
No morro da Viúva apesar de já contar com grandes construções, a pedra ainda podia ser vista do nível da rua, vemos com destaque os telhados da grande concessionária de automóveis que existia no local, possivelmente nessa época ocupada pela Cia Comercial e Marítima.
De resto no tecido do bairro do Flamengo nesse pequeno espaço vemos 4 prédios de grande tamanho subindo, indicando atividade da especulação imobiliária, destruíndo as grandes casas e palacetes característicos da ocupação do bairro no início do sec XX.
Coleção Desmond Cole
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Comments (30)
A concessionária terminou seus dias como a Rodasa, da Volkswagen, da qual me lembro vagamente, sempre que passo por ali.
Alguém sabe qual é a outra construção baixa na direção do edifício do Flamengo? Parece que tem uma torre no meio.
Nessa região existem hoje 3 ou 4 grandes edifícios, o primeiro deles tem endereço na Rui Barbosa e os seguintes já são Oswaldo Cruz. Eu achava que a Rodasa ocupava a área apenas do(s) último(s), um blocão recuado e comprido (por isso não sei se são 2 prédios ou apenas um).
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Ah, a Rodasa deve ter sido demolida por volta de 1980…
Gostei da foto, André. Um ângulo inusitado.
Deve ter sido tirada do Zeppelin….
Sobre o TRT, comparando as foto antiga com a nova, estou achando que o tal “átrio recuado” ainda existe no prédio atual, sendo assim a única descaracterização teria sido o “puxadão” na cobertura.
Excelente foto.
E que texto: ” … no tecido do bairro do Flamengo…” – parece até o Professor Pintáfona!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Bela foto, aliás seu bom gosto agrada. Agrada e comove pela sensibilidade.
Da Comercial e Maritima eu saí um dia, com meu amigo Carlos Augusto Gélio para dar um a ráoida volta em uma Ferrari Daytona prata, que era de um dos donos. Talvez Fritz D’Orey.
Corrijo: rápida.
Muito interessante o angulo desta foto.
O que foi construído na área da concessionária?
André,
Sua informação sobre a área do Porcão Rio’s ter ficado sem arborização até meados dos anos 70 está corretíssima, pois na época eu era tesoureiro de um Banco que era o responsável pela folha de pagamento dos peões da referida fábrica de tubos e, por mais de ano, todos os sábados estavamos ali no canteiro de obras fazendo o pagamento; isto até maio ou junho de 1975…
Curiosidade: ali no alto, na direção da sede do Flamengo, virou point dos “labradores”…
Aí, Rafael, não sei se entendi direito sua indagação, mas o único prédio baixo, com torre, que existe naquela região é o Castelinho Francês, de autoria do Arquiteto Heitor de Mello, construído em 1913, e que fica na Av. Oswaldo Cruz nº 4.
Em 1972 a concessionaria ja era a Rodasa, o fusca do meu pai foi comprado lá.
Qt à praça do indio o nome dela é Praça Cuauthémoque.
:-))
Na foto aparece bem ao lado do primeiro prédio decô da Rui Barbosa uma construção baixa, que não parece ser da concessionária.
Pelo que eu me lembre, a Rodasa ficava exatamente no lugar do prédio grande recuado, tinha inclusive uma grande parede branca com um símbolo da VW enorme.
Essa construção baixa estaria portanto no lugar dos outros dois edifícios, dos quais um tem endereço na Rui Barbosa e o outro na Oswaldo Cruz.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Esta parede branca seria uma empena cega ??? :-)))
Exatamente 8-))))
Falando em empena cega, tem umas ali no pé da foto. Uma delas estava sendo encoberta por um edifício em construção.
Conheço umas empenas cegas ali no Instituto Benjamim Constant.
Se você chegar para um desavisado que não conheça o Rio, e dizer que aquilo ali é um aeroporto em construção, neguinho vai acreditar.
O desalinhamento dos prédios aqui neste trechinho mostra como aquelas ruas Princesa Januária, Barão de Icaraí (e outra pequenininha que não lembro o nome) nasceram na base do vai-da-valsa.
Ruas Samuel Morse e Sen. Euzébio, Alvinho..hehehe
Numa foto do início do sec XX, quando a Oswaldo Cruz estava sendo aberta, como Av. de Ligação podemos ver que as ruazinhas nasceram através das fronteiras de várias propriedades, por isso são tão tortas, e ainda arrisco dizer que a Sen. Euzébio teve a sua parte final, que encontra a rua Cruz Lima posteriormente, talvez já nos anos 40 !!
A rua Samuel Morse deve ser a menor rua do Rio. Deve ter uns 20m de comprimento, se muito. E a Senador Euzébio é continuação direta dela após a esquina com a Princesa Januária, podia ser uma rua só.
Aliás, Senador Euzébio era o nome de uma das ruas engolidas pela Presidente Vargas.
:-))
É isso ai Rafael, passei na área hoje, quando fui pro Aterro, e conferi:
O prédio grande e recuado foi construído na tal área que presumivelmente era a Rodasa, e seu endereço é Rua Oswaldo Cruz; ao seu lado, mas sem recuo, existe o que parece ser um só Edifício, enorme, dividido em 4 portarias; o Ed. Jardim do Flamengo, cujo endereço é Oswaldo Cruz nº 61, e em seguida, já com o endereço da Ruy Barbosa, O Ed. Portal Plaza, nº 4 ou 6; Majestic Plaza nº 10; e um outro nome, terminado em Plaza, nº 16. Já aquele alto é o Edif. Barão de Laguna que vai do nº 20 ao 100.
Um crime, um verdadeiro crime os prédios esconderem as pedras. Uma bela paisagem da qual os demais cariocas foram privados.
Depois dizem que são os pobres que arruínam a natureza do Rio.
great picture!
Solange, chegamos ao ponto em que é prefirível prédios escondendo as pedras do que favelas se espalhando sobre elas. É uma pena que esta cidade tenha nos lançado entre a cruz e a caldeirinha, mas favelas destroem muito mais do que prédios. Elas destroem a mata, a fauna local, a segurança, a dignidade humana, a receita municipal, os serviços públicos (que são furtados, não pagos), o entorno da vizinhança, a paisagem, o próprio espírito de Justiça e igualdade é posto em cheque. Há quem more no asfalto em condições às vezes mais humildes que na favela (nos subúrbios) e tem que arcar com IPTU, luz, gás, telefone, racionamentos, taxas, etc.
Caraca.. muito legal mesmo esse flog.. adorei… muito interessante… adorei essa foto.. eu adoro fotos do RJ antigo… heheheheh parabéns…
Nossa Igor essa foto é muito legal, e o flamengo sempre foi bonito né? Adorei seu flog, volto mais vezes…Coloca umas fotos ai do Cristo tb tá? Meus parabéns heim!
Amei este site que foi indicado por uma ex aluna minha.
Sou pesquisadora da Evolução Urbana do Rio e fiquei apaixonada por algumas imagens.
Continue este flog!!!
Parabens
Ione
Vamos por partes:
Temos na Av. Rui Barbosa o Ed. Barão da Laguna de nºs 20,40,60,80 e 100. Mas antes dele na foto podemos ver o posto de gasolina Texaco que se chamava Nª Srª de Nazaré. Tinha até um bar no seu canto esquerdo e no seu final de vida uma boate em cima. Foi destruído para dar lugar, como menciona o Fragoso aqui acima, aos Ed. Majestic Place e Imperial Place respectivamente nºs 10 e 16 da Av. Rui Barbosa e ao Royal Place de nº 61 já na Oswaldo Cruz. Em frente a este posto havia uma ilha com 2 ou 3 bombas de gasolina; esta ilha ainda existe e param táxis especiais.
Depois vinha a Comercial e Marítima que uma época importou os carros poloneses de marca Varsawa, passando no final para a marca GM, no nº 67 hoje Ed. Jardins do Flamengo em frente à Curva da Amendoeira.
Em seguida vinha a PROPAC, concessionária de veículos nos anos 50 com Dodges e Cryslers, (Dizia-se que sua vitrine era a mais extensa da América do Sul) e nos anos 60 era revenda Willys Overland. Somente no seu final ficou poucos anos sendo Volkswagen como Rodasa já com seu terreno diminuído com a primeira construção do Ed. Flat Size de nº 87.
Que me corrigem se eu estiver errado pois a memória pode falhar.
O prédio em construção no centro da foto é o de quateirão todo – Rua Samuel Morse, Rua Gabriela Mistral, Rua Barão de Icaraí e Av.Oswaldo Cruz.
Outro em construção na extrema esquerda é um edificio que ficou parado nos anos 60 e depois terminado em 70´s. Mais ou menos dso outro lado da Rua Sen. Euzébio nos fundos da igreja da Stma. Trindade.
MINHA TIA MOROU POR MUITOS ANOS EM UM GRANDE EDIFÍCIO QUE FOI CONSTRUÍDO NESSE ESPAÇO VAZIO, QUE ERA CONCESSIONÁRIA, APTO MUITO BOM EXCELENTE EM TAMANHO, ADORO ESSA REGIÃO DO RJ, A PRAÇA DO ÍNDIO, E FICAVA OBSERVANDO DA JANELA DO APTO DE MINHA TIA O MOVIMENTO,ELA MORAVA NO 8º ANDAR E AQUELE CASTELINHO QUE FICA EM FRENTE, ACHAVA ELE MAL ASSOMBRADO.
Maneiríssima essa foto. Estou com 60 anos e morei no Barão da Laguna até os 26 com meus pais. O posto ao lado (Texaco) tinha um bar e uma boate (o Chame) em cima mas do lado direito. Depois que o bar fechava, minha turma se reunia TODAS as noites num papo gasolina até muitas vezes o sol raiar. O aterro foi nosso quintal, onde testávamos nossos carros nas madrogas para as corridas em Interlagos.
Antes de Comercial e Marítima, era Auto-Geral, concessionária DKW – Vemag, depois virou Chryseler e depois chevrolet que vendia chevette na vitrine 0Km já com ferrugem (quáquáquá).
Agora vou olhar os fotologs. Um abraço para vcs e muitíssimo obrigado pela foto.
BOM TE ENCONTRAR AQUI. ESTOU NO FACEBOOK. BJKS
Grande Nery ….. Saudades da SRT ….. grande abraço ao “velho” amigo.
Otávio
No primeiro comentário, fala de uma torre no prédio ao lado da Propac ex- Comercial e Marítima, na realidade era uma propaganda da Texaco vista de perfil. Saudações Gilberto/RJ