A queda da cidade do Rio de Janeiro antiga capital foi o ponto culminante de revoltas e instabilidades militares, que começaram desde o ano de de 1920 onde setores do exército começaram a entrar e choque com as oligarquias que comandavam a república
Em 1922 essa insatisfação explodiu com uma sublevação, inclusive da potente unidade de Copacabana, recém inaugurada e dotada na época de modernos canhões, os quais abriram fogo contra a cidade, bombardeando a região do ministério da guerra, desse evento para a cidade o fato mais marcante foi a caminhada dos 18 do Forte que não se renderem junto com a unidade e foram enfrentar as tropas legalistas perto da rua do Barroso, hoje Siqueira Campos.
Os levantes continuaram no ano de 1924 na cidade de São Paulo, e logo após foi criada a Coluna Prestes, que visava formar um contingente revolucionário e se infiltrar pelo Brasil alicerçando as bases para a tomada do poder por parte dos Tenentes.
Todas essas correntes se reuniram em torno da Aliança Liberal (não confundir com a Aliança Nacional Libertadora), levando a candidatura de Vargas frente a candidatura oficial de Júlio Prestes, que curiosamente compeu o pacto conhecido como Café com Leite, provocando insatisfações das oligarquias mineiras, que apoiaram a Aliança.
Foi lançada então a candidatura, até então democrática, mas que por baixo possuia um braço armado, pronto para tomar o poder caso houvesse a derrota de Vargas nas urnas.
E apesar das fraudes eleitorais terem existido dos dois lados o governista Júlio Prestes ganhou a eleição, provocando novo levante, pois os ânimos também estavam insulflados pela forte polarização das eleições onde acordos de campanha foram rompidos por ambos os lados.
O grupo armado, comandado por Oswaldo Aranha começou agir, mesmo contra a opinião de Vargas, no entanto incidentes legislativos, fizeram Vargas lançar um manifesto que embora temperado provocou mais agitações. Enquanto o isso o grupo mais radical da Aliança Libertadora se armava com armas contrabandeadas da Tchecoslováquia.
O assassinado de João Pessoa, por motivos particulares e não politicos em Julho de 30 acirraram mais ainda os ânimos, tendo os Tenentes criados motivos políticos para tal crime.
No dia 3 de Outubro explode o movimento golpista em Porto Alegre, rapidamente se espalhando por todo o país, menos por Rio de Janeiro de DF, São Paulo, Bahia e Pará.
Com o país praticamente todo nas mãos dos golpistas uma carnificina se construía no município paulista de Itararé, onde grandes concentrações militares estavam prontas para se enfrentar, e só não aconteceu porque membros da cupula do Exército para evitá-la pediram a renúncia de Washington Luiz, e diante de sua negativa, promoveram um cerco ao Palácio Guanabara e o depuseram.
As hostilidades acabaram em todo país e uma junta militar foi criada, no dia 28 de Outubro de 30, o poder foi passado à Vargas, caía então a República Velha.
Sua queda tem como maior símbolo essa imagem, que apesar de ter sido tirada no dia 3 de Novembro é a síntese de todos os acontecimetos.
Comments (30)
Agora, precisava essa gauchada folgada amarrar cavalo no Obelisco ? Nunca engoli muito isso. Deve ter sido vingança pela Revoluçao Farroupilha.
🙂
Passei pelo Obelisco hoje pela manhã, bem cedo. Como está longe do mar…
A batalha de Itararé – a que não houve!
O novo poder, caudilhista e logo ditatorial, duraria 25 anos
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Também não engoli a gauchada amarrando cavalo no Obelisco, não… Na verdade, acho essas bravatas de última… A República Velha, a República de Vargas, a República Nova, a Novíssima República, o Regime Militar… Ô paizinho fuleiro, esse, credo! Ng merece Getulio Vargas, o nanico, com o perdão da má palavra.
Os canhões do Forte de Copacabana bombardearam o Ministério da Guerra, no Campo de Santana?????
Pensei um pouco e cheguei à conclusão que é possível, na época já devia existir cálculo balístico pra isso. Mas a precisão devia ser bem ruim… imagino que devam ter sobrado “cicatrizes” consideráveis desse bombardeio.
Rafael que muito pouca gente sabe é que os canhões do Forte de Copacabana podem atingir desde as Ilhas Tijucas na Barra, até as praias oceânicas em Niterói, isso só no litoral
… e a precisão era muito boa. Cálculo balistico não é novo. Até há pouco tempo, micro-computador não existia, os primeiros computadores eletrônicos são do final dos anos 40, início dos anos 50. Antes disso havia os computadores mecânicos e eletromagneticos (relés eletrícos) para cálculos muito especializados. No Museu Conde de Linhares em São Cristóvão está em exposição um “computador alemão”, da 2a. Guerra que calculava a posição futura dos aviões para as baterias anti-aéreas.
Golpe de Estado, esse é o nome. O que eles chamam de República Nova, na verdade trata-se de mais uma manobra para tomar o poder na força e aproximar, ainda mais, o país ao comando de mãos de forças internacionais.
A Carmem Miranda é o símbolo dessa época, quando o país é menosprezado e sacaneado ao ritmo de samba e bananas.
Tudo acabou em samba.
Chi ti ca bum ….
Também não me agradam as ditaduras, mas é importante lembrar que a maior parte das grandes mudanças e investimentos estruturais no Brasil foram feitos na época de Vargas e nos governos militares.
Nos períodos democráticos, a canalhice, os conchavos e a corrupção só fizeram emperrar o país.
Desculpe o termo, mas infelizmente parece que brasileiro só funciona na base da porrada…
Já imaginaram os balaços daqueles Krupp do Forte cruzando a cidade e indo parar no Campo de Santana?
Se os senhores feudais (vulgo traficantes) vissem isso iam morrer de inveja…
Andresíssimo
A bem da verdade a gauchada amarrou os cavalos no “obelisco da capital fededral” que, por coincidência, ficava no Rio.
Não estou querendo puxar o saco dos moços dos pampas mas acredito que o ato foi mais “anti-estado político” do que “anti-carioca”.
Aliás, gaúcho adora o Rio, particularmente o Leblon que, tempos atrás, era o reduto deles.
De toda essa história que culminou com o pequenote caudilho ficar no poder 15 anos (e depois mais 3 e meio por votação direta) é que o Brasil sempre teve muito pouca democracia desde a sua fundação. Estivemos sempre na mão de grupos prepotentes que queriam fazer do país o quintal da casa deles.
A coisa é tão grave, na minha opinião, que o Gegê, por ter feito alguma coisa pelos trabalhadores, pela sederurgia e ter criado a Petrobrás, é tido e havido como o maior “pai da pátria” que tivemos. Figura nebulosa que faz o Czar Maia, cinquenta anos depois do seu suicídio, botar um busto alegórico e horrendo num dos pontos mais tradicionais da cidade.
Outro dia vi o Lulla dizer que daqui a alguns anos ele será lembrado como maior presidente que o Brasil já teve a desgraça de ter.
Como são ridículos esses nossos governantes !
Onde está “assassinado de João Pessoa” corrija para “assassinato de João Pessoa”
oi andré,tudo beleza???também fiquei surpreso em saber que os canhões do forte de copacabana têm alcance sufuciente pra alcançar o campo de santana!!!imagine isso em mãos erradas(sim,estou falando do trafico)?rsrsss
Bem,a “tomada”do obelisco pelos gaúcho foi,na minha modesta opinião,um simbolismo por parte dos mesmos pra demonstrar que haviam tomado a cidade,e consequentemente(por ser a capital federal)o poder central.Isso é de certa forma comum,tanto quanto decapitar o Rei na França do séc. xix pra demonstrar,através da degola do Rei que o seu Estado também estava acéfalo,tal qual o próprio Rei.Nada mais é que um gesto simbólico dentro da política.Mas que devia ter 1 pontinha d revanche,pela rev.farroupilha,ah,devia.
Acontecimento político à parte na foto,André,o que mais me impressiona é ver o ceu na Av.Rio Branco,já que ainda não havia crescido o paredão dos prédios altos e modernos.
Bem,fico por aqui.1 abraço
onde escrevi “pelos gaucho”,por favor,entenda-se “pelos gauchos”,ok?
sou eu de novo…rsrs
estão todos a salvo do dilúvio de hoje de madrugada e manhã???é impressionante,basta uma chuva um pouco mais forte que a cidade pára!!!!Tudo bem que o Rio está de certa forma,entre o mar e a montanha,mas isso não se justifica,né???
há quem esteja dizendo que é pra lavar a alma de quem votou NÃO ontem…
só espero que essa chuva não faça o Rio(e o trânsito,e a cidade,como um todo)ir por água abaixo…
Devido ao recente dilúvio,só cheguei aqui no trabalho 11 horas e a rede só entrou agora(14 horas).Mas vamos lá.
A imagem é típica de livros didáticos de História,os gaúchos amarrando os cavalos no Obelisco.Mas essa já foi “posada”,depois que as coisas ficaram tranquilas…
Quanto à controvérsia sobre o alcance dos canhões de Copacabana :
Gosto muito de Artilharia de Costa, e estudei alguma coisa sobre o assunto. O mais interessante dessa coisa toda é que (para susto do Rafael)os canhões que atingiram o então Ministério da Guerra, em frente ao Campo de Santana, não foram os grandes(305mm),que só deram poucos tiros durante a revolta ( dois no Forte do Leme,após a ocupação deste por forças governistas),um na ilha de Condutuba e um que caiu numa subestação da Light no Flamengo ( queriam atingir o Catete,mas havia um problema de frenagem da deriva).Quem acertou o Ministério foram os 190mm,bem menores,e que ficam mais para a frente,quem já visitou o Forte sabe o que quero dizer.
O mais irônico de tudo foi que o próprio ministro,ao telefonar para o Forte,dizendo que haviam acertado a rua Barão de São Félix,permitiu a correção dos cálculos para os revoltosos acertarem direto dentro do ministério!
Aliás,aproveitando a deixa,André,você tem alguma foto dos canhões atirando? Até hoje só vi aquela que fica no próprio Museu do Forte, uma fumaceira preta que não dá para ver nada.
Dessa ligação lusitana do ministro eu não sabia, aliás o mais surreal é uma unidade militar revoltada ter comunicação telefônica em perfeito estado, coisas de Brasil, que não é um país sério
Não, infelizmente não tenho !!!
Se tivesse já teria sido postada em algum 5 de Julho
Meninos, nem vos conto.
Uma vez, de sacanagem, fui dizer a um desses coronéis de pijama que os canhões do Forte, além de serem velhos e ultrapassados, estavam estropiados e cheios de teias de aranha.
Pra que, cumpadre…
O homem ficou uma fera e só não me deu voz de prisão porque um general (estávamos num bar) veio em meu socorro e disse que, os canhões não eram assim uma merda como eu havia falado mas que, na opinião dele, general (calvo e de olhinho azul; quem seria?), os tais canhõees nem para peça de museu serviam.
E aí, o tal coronel, mediu o general de alto a baixo, pensou, piscou, tussiu, regurgitou e mandou na lata, sem titubear.
– É, general, o senhor está coberto de razão.
Antes que o general, meu protetor acidental, fosse embora me adiantei, e caí fora. Pelo celular o tal coronel já devia estar pedindo o pelotão de fusilamento.
Só esclarecendo o meu xará, eu nunca duvidei do alcance dos canhões, só que na minha idéia eles só funcionariam para ataque a navios, com o alvo na mira. O Campo de Santana fica dentro da cidade, e há morros no caminho, portanto eles tinham que atirar “às cegas”, apenas confiando no cálculo.
Acho razoável que os canhões de maior alcance sejam os menores, que devem ter projéteis (ou projetis, como dizem os militares) mais rápidos. Os maiores deviam ser só pra afundar algum encouraçado que estivesse tentando entrar na baía…
Ah, e sobre o possível uso de armas pesadas pelo “tráfico”, eu acho que seria muito interessante que cada senhor feudal tivesse uma bateria de mísseis terra-terra de alta precisão no alto de seus respectivos domínios. As “guerras do tráfico” seriam decididas não no fuzil, mas no míssil, quem sabe assim o nosso “inimigo” não acaba se destruindo por eliminação mútua?
Na verdade, Rafael,não é assim não.Os canhões menores(190mm)têm uns 14km de alcance útil,enquanto os grandes(305mm)atingiam 23km.Você tem que ver que a carga de propelente é maior no canhão de maior calibre.
Quanto ao cálculo “às cegas”, na verdade,eles haviam feito mudanças no projétil original, tornando-o mais leve, a fim de atingir pontos do centro da cidade,por cima dos morros,e criaram uma tabela própria para ajudar nestes cálculos.Mesmo assim, num determinado momento,na pressa de responder,eles atiraram sem considerar a tal tabela, e alguns tiros bateram na montanha.
Que me perdoem os gauchos, mas a julgar pelas piadinhas que circulam por email e que volta e meia aparecem no Casseta e Planeta, eles tem a fama de sentirem uma certa atracao por formas, digamos, falicas, como a do obelisco… Imagino que essa foto tenha sido enviada pelos soldados gauchos para os amigos so’ para dar agua na boca… Ficaram todos com a maior vontade de ir ao Rio conhecer o obelisco. :)))
hahahaha, o comentário do Mauro…
Esse papo todo de canhões e aqui em frente, teclando feito um boneco de posto os teclados de seu computador, o maior canhão de fabricação nacional: Dona Celina. Um tiro desta engenhoca é capaz de te deixar tonto, sem saber seu nome, sem andar direito, sem poder falar. Dona Celina é uma ameaça de derrame cerebral: um canhão magro, aquilino, lustroso, mau, olhos pequenos, que andam pra cá e pra lá, desejando dar um tiro que atingisse qualquer coisa. Mas está emperrada, não funciona mais…
MUITO BOA !!
muy bueno el comentario , ( lo que pude entender)soy un chico de chile ke me entere de fotolog,esta bueno que muestren la historia de brasil mediante un fotolg,
multo bien ,
Se é pra seguir essa linha de pensamento, de defender o autoritarismo, é para se torcer que venha um “novo hitler” para levantar a moral de um país sem rumo político e econômico.
E que coloque na linha de frente, das batalhas, os súditos que os defendem.