Av. Norte-Sul II

andredecourt's photo from 6/21/05

Vamos continuar nossa visão sobre a Av. Norte Sul

Hoje poderemos ver a planta esquemática de como imaginava Reidy a Esplanada de Santo Antônio.
O arquiteto tinha como norteador de seus projetos sempre a busca por uma densidade baixa, pois sabiamente alegava que menos gente disputando um espaço significava melhor qualidade de vida.
A esplana conjugaria prédios residênciais, quase todos destinados a funcionários públicos, bem como um conjunto administrativo e cívico para a a prefeitura da Capital da República, que em toda a sua história teve suas repartições pulverizadas e muitas vezes improvisadas em imóveis completamente inadequados, lembro que, nessa época, até a sede da prefeitura tinha sido demolida para a construção da Av. Presidente Vargas.
Estariam também inclusos nos novos prédios a serem construídos prédios comerciais, de pouca altura, cinemas, teatros, um museu da cidade, um grande centro de convenções, colégios e áreas de lazer com parque, piscina pública etc…
A área em verde corresponde, embaixo a rua Senador Dantas e largo da Carioca, à esquerda rua Evaristo da Veiga e Av. Mem de Sá, na parte de cima rua do Lavradio e à direita rua da Carioca, praça Tiradentes, e o comecinho da rua Visconde do Rio Branco.
O curioso é ver que o projeto distribui o uso do grande terreno em “fatias” ,uma fatia administrativa, na extremidade inferior, junto ao Centro financeiro da cidade, perto da Cinelândia, Rio Branco e do palácio Pedro Ernesto, sede do legislativo distrital.
No meio acompanhando a Av. Norte-Sul teríamos toda a parte comercial, e no topo junto a rua do Lavradio a parte residêncial, escolar e recracional.
Esse croqui possui todos os prédios identificados, vou passar para vocês a descrição, espero que as coisas não fiquem confusas.
Prédios públicos começando na esquina da Evaristo da Veiga com Senador Dantas: 1) Prefeitura 2) Nova câmara 3) Museu da Cidade ( prédio em espiral) 4) Biblioteca Municipal 5) Salão de Exposições e contíguo 6) Auditório
Prédios comerciais bem no meio da esplanada: 7) edifícios de escritórios seriam 4 lâminas, no meio deles temos da esquerda para direita 8) Cinema 9) Teatro 11) restaurantes e confeitarias.
A parte residêncial ficaria no topo, 12) uma grande lâmina suspensa por altos pilotis onde todas as vias e calçadas deixariam o vão livre e em seus recortes temos da direita para a esquerda 13) Escola Primária 14) Escola Maternal e Creche (existiriam duas, uma de cada lado do conjunto habitacional, são os predios em zig-zag) 16) Clube 17) Piscina 18) Piscina Infantil 15) Centro de Saúde 19) Campos de esportes também se repetindo por toda a área residêncial.
Temos números que se repetem em todos os setores 10) Lojas 20) Áreas de Parqueamento
O Arquiteto ainda identificou os monumentos a serem preservados e destacados, da direita para a esquerda 21) Convento de Santo Antônio 22) Arcos 23) Igreja da Lapa 24) Passeio Público 25) Convento de Santa Teresa 26) Lago a ser criado.

Comments (19)

rbpdesigner 6/21/05 9:20 AM …
muito bem feita!!
super interessante, André!
[]s
Luiz D´ 6/21/05 9:55 AM …
O planejamento e a manutenção de uma diretriz é muito melhor do que o “salve-se quem puder” tão comum na nossa cidade.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
angemon 6/21/05 9:56 AM …
pelo menois bem planejada, era! se iria funcionar, já é outro caso!
bom dia, amigo!
Antolog 6/21/05 10:36 AM …
No papel parece funcional, agora na prática é que são elas…
bluemoon0510 6/21/05 10:47 AM …
Super legal!!!!
Aula de cultura ao visitar seu flog!
bom dia pra vc!
rioantigo 6/21/05 10:54 AM …
Não sei se aquela área suportaria prédios residenciais.
Uma de minhas tias e seu marido (que foi um dos fundadores do Bola Preta), sempre morou no Centro da Cidade, na Esplanada. Não trocava por nada.
Rafael Netto 6/21/05 11:01 AM …
Não considero sábia a proposta de Reidy. Ela leva a projetos como Brasília e a Barra da Tijuca, onde as pessoas moram, se divertem e fazem compras em “mega-complexos”, cada um com uma finalidade e distantes uns dos outros, com uso obrigatório do automóvel.
Pra mim a melhor qualidade de vida é a de bairros à moda antiga, com casas e prédios baixos, entremeados de comércio local como padarias e mercados. Em volta e interligando esses bairros, aí sim teríamos as avenidas expressas e linhas de metrô.
Rafael Netto 6/21/05 11:04 AM …
Sobre o projeto da Esplanada… dá pena de pensar no que se transformaria a Rua da Carioca, com um lado inteiro devastado, e as casinhas do outro lado de frente para “Brasília”.
E o bondinho de Santa Teresa? Pelo desenho parece que os Arcos acabariam no “nada”.
andredecourt 6/21/05 11:15 AM …
Rafael, acho que haveria uma rampa para a descida dos bondihos, quanto a rua da Carioca, Lavradio e Mem de Sá foi criado um novo PA que promeveria a renovação espontânea da via, não sei se v/c sabe que esse PA ainda existe, e que por uma ironia do destino esse plano e o risco de demolição dos imóveis nessas ruas foi o que as poupou das demolições pela especulação imobiliária, pois nenhum empresário iria construir um prédio sabendo que ele poderia ser demolido em poucos anos.
Ou seja esse modernismo todo planejado foi o que manteve o casario dessas vias conciso, principalmente da rua da Carioca.
jban 6/21/05 11:20 AM …
Tenho a certeza que o destino de tal empreendimento seria a decadência, pela falta de manutenção, materiais inadequados, mudança dos habitantes originais e venda/aluguel para classes mais de menor renda. Basta olhar para outros de igual concepção, como os conjuntos habitacionais da dec 50. Minhocão na Gávea, Pedregulho em São Cristovão, o eixo da Pres Vargas, a Cidade Nova e outros… Passei outro dia pela Estrada do Catonho e vi um conjunto com estilo arquitetônico típico dos 50, com certeza algum projeto premiado, relegado ao total abandono.
Uma das exceções é o predio ao Lado da Santa Ursula, com aptos duplex, que hoje é “cool” e “cult”.
andredecourt 6/21/05 11:46 AM …
O Pedregulho e o Minhocão foram feitos para classes mais baixas João, o Minhocão da Gávea foi feito para erradicar favelas.
Já o conjunto ao lado da Sta. Úrsula foi destinado a funcionários de maior poder aquisitivo, é só reparar na estrutura do prédio e no tamanho (grande) dos apartamentos, acho que esse do Centro também seria feito para funcionários mais graduados, pela exposição de motivos do projeto
Rafael Netto 6/21/05 11:47 AM …
Sobre o PA da Rua do Lavradio, acho que ele é visível num prédio (do TRT?) que ficou pronto há pouco tempo, e foi construído “por trás” das casas da rua.
Aliás essa história de novos PAs é um verdadeiro tiro pela culatra, pois como as construções da rua não são todas renovadas de uma vez, ficam aqueles prédios “lá atrás” isolados (muitas vezes com pilotis “agachianos”) em contraste com casinhas na beira da calçada. Vai pelo ralo a idéia do urbanista.
andredecourt 6/21/05 11:59 AM …
É isso Rafael, mas no caso do prédio do TRT temos uma particularidade, ele usou um terreno que já estava vazio, e a ruína de um velho sobrado, que tinha sua fachada tombada
AG 6/21/05 12:13 PM …
Eu faço sempre julgamentos ingenuos, concordo.
Mas com todo o respeito que tenho do mestre Reidy fico aqui me perguntando porque a necessidade do empilhamento planejado das pessoas.
Na especulação imobiliária eu até entendo. Vale pegar um terreno enfiar quantas unidades habitacionais forem possíveis enfiar. Mas no caso do planejamento urbano me espanta essa necessidade de aglomerar os habitantes em áreas relativaemnte pequenas.
Já dei a mim mesmo uma explicação, evidetemente cândida, que dizia que ao arquiteto interessa mais fazer obras que se assemelhem às pirâmides do que projetos que se espalhem pelo terreno tirando o impacto de megas esculturas ao ar livre.
Não seria muito mais simples, bonito e humano planejar um centro cívico administrativo modernizando a filosofia habitacional que já existia na cidade.
Paris tem muito isso. Várias soluções urbanas foram dadas, ainda que modernas, respeitando a Paris histórica. É bem verdade que existe La Defense que eu (e a torcida do PSG) acho uma merda.
Mas é a tal história, os franceses tinham que mostrar que não é só de beleza que vive Paris. Era preciso mostrar que a cidade luz também tinha aquelas gaiolas de aço e cimento, agressivas, desconfortáveis e perdulárias.
É, mal comparando aquela coisa do Courrèges que em nome da “modernidade” botava as mulheres vestidas de lata, plástico, vidro.
Graças a Deus apareceu e sumiu. Parmanece até hoje o pretinho básico de madame Chanel.
AG 6/21/05 12:18 PM …
Desculpe, mas relendo o que escrevi tenho que fazer uma correção.
A frase certa é essa: “Não seria muito mais simples, bonito e humano planejar um centro cívico administrativo modernizando a REALIDADE habitacional que já existia na cidade ?
Evidentemente, o que menos havia no Rio dos séculos 18 e 19 era “filosofia habitacional”.
Mas mesmo não existindo essa filosfia havia muita beleza; lá isso havia.
rioantigo 6/21/05 12:30 PM …
Eu detesto morar num escaninho. É por isso que estou em Iguabinha. Alguém quer comprar ou alugar um apto na avenida do Pan?
tumminelli 6/21/05 2:39 PM …
To de saida correndo. depois passo aqui e leio o texto. Alias à noite tento falar com vc.
:-)))))
FUI!
jro 6/21/05 3:17 PM …
Eu já acho que ele perdeu a traseira na primeira perna deste S e com isto foi parar na mureta de dentro da curva.
Jro :-))
AG 6/21/05 3:30 PM …
jro, não entendi.
Que traseira ?
Que perna ?
Que S
Que mureta ?
Que curva ?
Que chato esse AG.

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