Hoje coloco uma foto tirada do mesmo ângulo, datada aproximadamente do final dos anos 40 início dos 50, podemos ver que as transformações já começaram a ocorrer.
O prédio do colégio aparentemente não sofreu nenhuma modificação em seu corpo principal, mas se repararmos a direita, um novo prédio sobe anexo a mansão da família Isnard, nesta época já comprada pelos jesuítas, nesse prédio é que se iniciou a PUC, que depois que essa se mudou para o seu campus na Gávea abrigou até o ano de 1984 as turmas do primário.
Mas ao contrário de hoje onde todo o terreno se encontra coberto com feios telhados de brasilit, havia uma bela cobertura vegetal.
O curioso é que a rua São Clemente no seu trecho imediatamente à frente do colégio se mantém igual até hoje, com o prédio de apartamentos, o pequeno sobrado de apenas um andar, e a vila.
A rua Eduardo Guinle também permanece com as mesmas construções da foto passada, muitas delas sobrevivendo até o final dos anos 70, apenas a vegetação tinha crescido bastante e encoberto os detalhes de algumas casas.
Mas do outro lado da rua São Clemente podemos ver que as transformações urbanas já começaram, a grande casa que se encontrava no leito da rua Guilhermina Guinle já não mais existe, há ainda muita vegetação que não nos permite ver se a rua já foi aberta, embora a existência de alguns telhados perto da rua Voluntários da Pátria indique que sim.
Ao fundo vemos que a verticalização dessa área começou pela rua Voluntários da Pátria, onde quatro prédios, dois de praticamente 12 pavimentos se destacam na paisagem.
Comments (32)
Parece que foi a partir do morro Dona Marta.
Do Morro D. Marta, Zé !
De qualquer forma, eh interessante que duas fotos tiradas com,provavelmente quinze anos de diferenca,ou mais,tenham sido enquadradas a partir do mesmo ponto.
impressionante a qualidade desta foto!! belíssima!
Bom dia, mininu!
Como as duas fotos vieram do arquivo do Colégio, provavelmente a intenção era exatamente essa, de registrar as mudanças.
Pena João não existirem fotos das décadas seguintes, acho que a partir dos anos 50 esse angulo do colégio passou a ser muito pouco fotogênico
Nossa, André, fantástico! Meu prédio é ao lado dessa vila, onde tem uma casa nessa foto. O terreno dessa casa ia até a Voluntários da Pátria, e depois foi desmembrado. Em seguida vem outra casa, onde hoje é uma revenda da Mitsubishi, tombada.
:))))
Na década de 1950, mais precisamente em 1956, foi inaugurada a piscina, que fica entre as duas pernas do H, em primeiro plano.
Ainda na frente da piscina, entre o campo de futebol e a estrutura do colégio que aí aparece, foi construída uma grande laje de 3 andares, encobrindo e enfeiando esta vista posterior.
Na face anterior foi levantado, em meados da década de 1960, o modernoso edifício que lá está até hoje.
Quanto à casa onde funcionou a PUC e, depois, a partir de 1956, o Primário, não era da família Joppert?
PS: estou coletando material para contar a história de minha turma (1956-1966) – talvez apareçam coisas interessantes para você.
Abraços
http://ludaol.multiply.com/
Luiz, os Joppert também são Isnard e são primos dos Decourt, vieram da mesma região !
Bom Dia !
Passei por aqui de xerêta !!!!!!
Mas gostaria de registrar que o teu flog me encantou.
Que bonito a gente ter essa sensibilidade…
Divulgar o “nosso passado” !!!!!!!!!!
São as raízes q não deveriam, jamais serem esquecidas ou relegadas!
Sou pernambucana e resido na Cidade de Olinda.
Olinda tb tem muita história.
Irei adicionar-te aos meus favoritos, caso tb desejes, fiques à vontade, será um prazer !!!!!!!!!!
Abraços,
Glauce
tem a prado e mais outras. o filho chega hoje à noite, amanhã te dou detalhes – a “meninada” é que descobre tudo…
Uma belíssima foto; um belíssimo documento histórico.
Engraçado, André, tem gente que vê fotos de colégios (católicos ou não ) e se enternece. Eu, sinceramente, quando vejo uma foto dessas me lembra corredores escuros, ladainhas e rezas, histórias de assombrações (não tem religião mais espírita que a católica) castigos, penitências e pouca, muito pouca alegria.
Pena, porque eu gostaria de ter melhores lembranças de minha infância/juventude passada entre os maristas, uma gente perversa e sádica.
Brrrrrrr.
Eu não acho que a fotogenia do colégio tem a ver com a ausência de outras fotos a partir de 50.
Acho que o local da foto é que deixou de existir, por falta de segurança ou outro motivo qualquer.
Ainda acho que as fotos forma tiradas de perto, bem no começo do morro.
muito interessante.
passe no meu fotolog e veja um pouco do velho Rio, andré
Não Zé Rodrigo a mata atrás do colégio é muito segura, pois se v/c não sabe a origem da favela D. Marta é intimamente ligada a construção do colégio, e seu crescimento também.
A famosa política assistencialista, vinde a mim os miseráveis que eu ajudo a continuarem miseráveis, pois assim minha brincadeira acaba.
Até os anos 80 nada acontecia, não sei hoje
Fantástica a foto, melhor ainda comparando com a outra.
Como essa é a minha área conheço bem os “prédios grandes” da foto… o da esquerda é o 139 da Voluntários, que ainda conserva um belo jardim com chafariz; o do meio da foto é o Alfa, bem menos glamuroso mas ainda impõe respeito; e os menores ao lado dele parecem ser o Villarino e os da esquina da D.Mariana, que hoje são “pequenos”.
Interessante a foto, o engraçado é que a minha irmã mora na esquina da Eduardo Guinle com SClemente, exatamente nessa foto. Um prédio com mais de 20 andares!!!
No terreno desse prédio existia uma belíssima casa onde era a sede da Associação dos Antigos Alunos dos Padres Jesuitas. Uma preciosidade que foi abaixo em 1981..
Certamente a foto é da mata nos fundos do enorme terreno do colégio. Era fácil subir por ela. Várias vezes fizemos passeios a pé até o Corcovado (levava umas duas horas), passando pelo alto da favela de Dona Marta (não havia, na época, maiores problemas em passar por ali).
Sou um pouquinho menos cético que o André. Há atividades que não são só assistencialistas no sentido pejorativo. Coisas concretas se fazem.
Embora tenha visto hoje mesmo uma charge de J. Carlos, dando razão ao André: um guarda afastando um pobre de um elegante coquetel para os “flagelados”.
– “Desafasta”, dizia o guarda.
– “Mas EU sou o flagelado”…
Isto me lembra as “socialites” na Rocinha, com os fotógrafos de “Caras”, “Quem”, etc.
http://ludaol.multiply.com/
Era aquela casa cor de rosa, não João ??
Isso mesmo ! Serviu também como sede do grupo Escoteiro Santo Inácio. Nossa sede ficava no porão. A casa era toda de pinho de riga.
Luiz,
A probreza é muito conveniente para alguns grupos de abastados. Faz-se uma caridadezinha aqui e acolá, para aparecer bem na foto, tira foto rezando na missa enquanto a locupletação continua a toda.
bacana a foto,
a escola corcovado fica nessas imediações?
o prédio principal é antigo e certamente já existia nessa época retratada na foto.
é que estive lá na viagem recente que fiz ao rio, mas não em localizo bem.
Já no trecho mais próximo à S.Clemente, onde está o terreno dos Paula Machado, só há construções novas.
Conheci este flog e estou adorando mesmo e gostaria de pedir uma sequencia de fotos da região do Flamengo e Catete duas lindas regiões cidade e tb aonde eu tenho o previlegio de morrar !!!!!!
Rafael aquela casa que ficou abandonada muitos anos acho que ficava dentro da propriedade dos Paula Machado anteriormente, ela tinha muita pinta de casa de hospédes ou algo que o valha
Genial,minha casa ficava logo no começo,do lado esquerdo da Eduardo Guinle e foi demolida em 1960.
A casa dos Paula Machado,bem em frente à igreja, ainda está em pé? há muito tempo não passo por lá.
Nunca tinha pensado naquela casa ser um “anexo” da mansão dos Paula Machado, inclusive ouvi dizer que era dos Guinle. Mas realmente ela tinha características estranhas, não tinha grade (só um muro) e não tinha um grande portão, só uma pequena entrada de pedestres. Mas era bem grande e tinha uma arquitetura bem diferente do “castelo” dos Paula Machado.
Afinal, a Guilhermina Guinle já foi uma rua sem saída começando na Voluntários? É a única explicação que eu vejo para a numeração ao contrário das outras ruas do bairro e para a troca de numeração.
Paula Machado casou com uma Guinle e ganhou a casa de presente… sério !!! A propriedade era originalmente da Familia Guinle.