O catumbi foi um dos bairros da cidade que foi praticamente varrido do mapa por intervenções urbanísticas erradas, faremos uma pequena série com 4 fotos que mostrarão a destruição de um bairro.
Na segunda foto vemos no fundo da imagem o túnel santa Bárbara já em funcionamento, mas ainda sem seu pórtico, a capela de N.S. da Conceição desapareceu bem como todo um lado da rua Padre Miguelino, ( ou dos Coqueiros, usando o mapa moderno fica muito difícil ter precisão no traçado original do bairro ) a praça que existia na frente do cemitério virou uma via com canteiros para a distribuição do tráfego.
Apesar da foto não ser muito nítida, podemos ver à esquerda a chaminé que até hoje existe perto da boca do túnel, é de nota reparar também que apesar das demolições parte do urbanismo da região ainda se mostra com boa parte do seu casario intacto.
Comments (25)
Acho que aconteceu algo parecido com o Rebouças no Rio Comprido, nos poucos anos entre a construção do túnel e do elevado.
Sim e com o Tunel Dois Irmãos, onde o acesso era pela Marques de S. Vicente
Me lembro de passar por este largo, depois de sair do Sta Barbara, indo com meus pais para petrópolis. Passávamos pela marques de Saupcai (que era uma rua !!) e entrávamos na Pres Vargas em direção à Francisco Bicalho. De lá pegávamos a Av brasil
O acesso ao Dois Irmãos pela Gávea é do meu tempo… lembro dos engarrafamentos na descida da Marquês de S.Vicente na volta da Barra.
Quando seria essa foto do Catumbi? 1961?
O tunel,certamente,deve ser no morro ao fundo,onde ha uma estrutura qualquer,provavelmente usada para a construcao.Mas o curioso ( e tragico)eh perceber que,pela posicao da chamine ( a proposito,era de uma fabrica ou o que?),quase todo o casario da porcao centro-esquerda da foto sumiu.
Excelente este flog!Há muito estava procutando algum com imagens e info sobre o Rio.
Sempre fiquei intrigado com aquela chaminé que vemos ao sair do túnel. Já tive várias explicações sobre a sua origem; vão de uma olaria, passando por uma fábrica de tecidos, indo parar numa fundição.
Outra coisa que me intrigou foi a favela bem em cima do túnel que, se não me engano, é a Coroa. Achei que nessa época da foto ela ainda estaria em crescimento mas, aparentemente, já está muito igual ao que é hoje.
A msg anterior é minha. Só saiu “A” mas depois me arrependi do anonimato rererererererere
André, você que é um especialista em fotolog, explique para um principiante o que as poesias acima têm a ver com o bairro do Catumbi…
Como dizem os portugueses, “não pirrrcibi”
http://ludaol.multiply.com/
Acho que nada…
o Catumbi….! bom ….!!! ou já foi bom…:)
Essa chaminé era da Usina Brasil de açucar!! Os donos eram Portugueses(sra Alzira e sr Arthur)!!
Eles tinham duas mansoes na travessa marieta aonde eles moravam!! Os netos do seu arthur se chamam Eduardo e Jorge e que foram ESPULSOS dessas mansões pelo TRAFICO!!! Hj em dia ele é taxista!! Incrivel essa foto do catumbi!!
eu amo quanod minha avó e meu pai contam sobre oque foi o catumbi!! Nasci no catumbi mas vim morar em botafogo!!! No catumbi fica a quadra da famosa Bafo da Onça e ficava a quadra da Vai Quem Quer!!! Continue com esse flog!! Se essa foto fosse um tirada um pouquinha mais pra esquerda iria sair a casa do meu BISAVÔ!!!!
Choca-me, sobremaneira, a insensibilidade do Luiz.
Tentando amolecer esse coraçãozinho duro e impenetrável, transcrevo aqui um trechinho da poesia Filosofia do príncipe de nossos vates imortais, J.G. de Araújo Jorge.
Nessa eterna e dura lida
renasço a cada momento
lavando as dores da vida
no rio do esquecimento…
Se o Luiz não se aprumar, amanhã repito a dose com trechos de Marimbondos de Fogo vocês sabem de quem.
O casario desapareceu mesmo, aliás é por isso que o Decourt diz que o bairro foi “varrido do mapa”.
Das casas da foto, só existem algumas das que estão do lado esquerdo da Rua de Catumbi, até antes do largo. Do largo pra frente não existe mais nada.
Alvaro: rendo-me, rendo-me…
Finalmente consigo botar um comentário. Vamos lá:
A FOTO DE ONTEM mostra o único pedaço do Catumbi que permaneceu intocado. Se você fizer uma foto do mesmo ângulo hoje, encontrará tudo exatamente igual nos anos 40: o muro da igreja, os mesmos sobrados dos dois lados da rua e o portão do cemitério lá no fundo (talvez hoje dê para ver aquele feio conjunto de edifícios construído perto do boca do Santa Bárbara).
NA FOTO DE HOJE fica mais clara a erradicação do bairro que, até desaparecer, era praticamente um enclave português no coração do Rio. Havia também muitos italianos (incluindo aí a família da Lucia).
Pergunto: num urbanismo que prioriza o deslocamento em automóvel particular, há como evitar a destruição de bairros inteiros? Um crime contra a memória da cidade.
A mais recente vítima é o Estácio: a prefeitura vem demolindo quarteirões inteiros sem motivo aparente, senão o de abrir grandes espaços vazios. Em breve, botarão abaixo um belo sobrado déco na Haddock Lobo – segundo soube, para alargar a calçada e fazer um estacionamento “em 45 graus”. O comércio de móveis da região foi todo arrasado com as desapropriações. Fico triste quando vejo.
Como falei com v/c aquele dia no Capela, as coisas só se resolverão com o transporte sobre trilhos, metrô, bonde, trem. Carros, ônibus, vans não são a solução para um cidade como o Rio.
Luiz, esse poema apareceu aí, não é muito minha praia, mas deixei por aí !!!!
Álvaro vi a favela da Coroa tb, ela parece do mesmo tamanho, mas as áreas ao lado dela hoje também viraram favelas, nessa foto v/c vê claramente a diferença entre a cidade formal e a informal
Porque cogumelos?
Outras coisas fazem o mesmo efeito…
Fui, até mais tarde!
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Concordo com vc, André. Implantar transp sobre trilhos seria muito mais racional q essa mixórdia q ocorreu com a legalização das vans… não q eu ache q a esta altura não fosse necessário qqr medida emergencial. Mas a própria falta de segurança incentiva o automóvel… q deveria ficar mais por conta de quem transporta muito material ou se desloca para pontos mais distantes da malha urbana.