ou então
A senhora pode vir, o engate está livre….
Parodiando o mestre J. Carlos em suas charges sobre os bondes lotados.
O bonde Alegria colocando gente pelo ladrão, em foto de 1956.
Com a aproximação do fim do contrato de concessão, que seria em 1960, a Light parou de investir no sistema, deixando de colocar novos bondes e ampliar as linhas, embora a cidade vivesse verdadeiro “boon” imobiliário, fora o inchaço provocado pela migração.
A tomada do controle pelo poder público pouco adiantou, os bondes não eram de interesse da recém criada CTC, que tinha como menina de ouro os troleys, que como sabemos foram verdadeiro fracasso, o sistema de bondes foi decaindo a olhos vistos até ser retirado, e colocado como o vilão do transito na cidade.
Se tivesse havido um investimento no setor, os bondes modernizados, as linhas ampliadas e os trilhos recolocados seguindo as normas e exigências do tráfego moderno e não determinações do sec.XIX, poderíamos ter hoje um sistema de transporte local e alimentador muito mais humano que os ônibus e agora as vans.
Foto: coleção Desmond Colle
Comments (36)
Eu só fico imaginando quanto dinheiro deixavam de faturar ,pois esse pessoal pendurado aí concerteza não pagava…
Pagar..no estribo…magina …..
André, tô passando mal…
caramba, imagina se numa ressaca dessas eu tivesse que me pendurar nesse bonde! Tava frito, virava pirão no asfalto!!
Estou aqui imaginando o cheirinho que exalava daqueles sovacos levantados… pois é, nem tudo eram flores.
Como disse o André, perdemos uma GRANDE oportunidade de ter um transporte público civilizado. Mas eram muitos interesses naquela época e a grana já corria solta. Todo aquele investimento nos trilhos e na rede, jogados no lixo. Hoje seria um excelente meio de alimentar as estações do Metro e da Supervia.
Outro dia estava andando pela Lapa e vi o pessoal da CEG abrindo a rua para colocar a tubulação do Gas Natural. Olhei dentro do buraco e lá estavam eles, os trilhos e dormentes dos bondes, que teimosamente continuam alí, embora coberto pelo asfalto e pela insensatez humana.
João Novello
Fui aos alfarrábios crispados de traças e descobri que esse bonde Alegria fazia o trajeto Uruguaiana – Jardim Botânico.
Agora, por mais que eu revirasse as páginas carcomidas de várias edições do Amanaque Capivarol, não encontrei o que seria essa tal Alegria? Seria uma rua, uma praça, uma largo, um beco ?
Ou seria a antecipação da venda tipo “bonde da alegria” que décadas mais tarde o sr Tony Galloti conseguiria na transação Light X Governo Brasileiro ?
Essa alegria aí, nem os doutos e insignes companheiros aqui do pedaço onde labuto, souberam responder.
Alguém aí do outro lado, sabe ?
Alegria é o nome de uma elevatória de esgotos no Caju, no final da rua Bela, até hoje o velho prédio da época da City existe sobre os pilares da Linha Vermelha
Se não me engano esse bonde passava na rua São Clemente e minhas colegas que moravam pelo Jardim Botânico voltavam do colégio nêle.Confesso que o meu maior sonho na época era andar no estribo,só não tinha coragem.
Tenho muitas dúvidas que em qualquer período após 1950 este bonde passasse pela Zona Sul.
Estou mais com o André.
Chutaria como trajeto do bonde 56 o
SÃO FRANCISCO – PRAIA DAS PALMEIRAS (Lgo. de S. Fco. – R. S. Cristóvão/Fig. de Mello).
htpp://ludaol.multiply.com
Segundo meu Pai, Alegria ficava no Caju. Dei uma consultada no meu mapa “Falk” do Rio de Janeiro de 1956 e localizei Alegria como uma Travessa da Olimpio de Melo.
Fui no itinerário dos Bondes e o Alegria era o 56, que saia da Praça Tiradentes (ao lado da Camisaria Progresso), Rua da Constituição, Pça da República, Pres Vargas (impar), Francisco Bicalho, Francisco Eugenio, São Cristovão, Escobar, Bela (Bela de São João) e Prefeito Olimpio de Melo. Itinerário de IDA…
Volta: Olimpio de Melo, Bela, Escobar, São Cristovão, Francisco Eugenio, Francisco Bicalho, Pres Vargas(impar), Pça da República(lado Casa da Moeda), Vinte de Abril, Senado, Pedro I, Pça Tiradentes.
Engraçado que comprei este mapa em uma feira de antiguididade e depois de consultar algumas ruas, o guardei e não me dei ao trabalho de le-lo com mais calma. Há muita informação alí !
Isso ! O prédio da City, com a sua arquitetura inconfundível, ficava na Av Brasil, entrada do Caju, hoje sob a linha vermelha. Boa André !
O descaso com os bondes foi mais uma coisa que os brasileiros importaram dos EUA. Assisti uma vez a um documentário no Discovery onde mostrava a destruição criminosa que os bondes americanos sofreram entre os anos 40 e 50, promovida pela indústria automobilística. Conseguiram convencer a opinião pública que ônibus barulhentos e fumacentos eram melhores que os bondes! O resultado é que os eficientes sistemas que haviam em toda grande cidade americana foram destruídos e hoje em dia praticamente não existe transporte de massa na maioria delas.
Rafael aqui no Brasil tivemos um processo semelhante a esse, enquanto na Europa os bondes ainda funcionam em muitas cidades
maravilhosa !!!!!!!!!!
Ih, o outro ( o gênio aqui da região), veio lá de dentro me dizendo para abrir um site http://www.luiz.delucca.nom.br que mostra uma listagem em que no ano de 1930 (eu abri o site agora) o bonde 56 era o — SÃO FRANCISCO – PRAIA DAS PALMEIRAS (Lgo. de S. Fco. – R. S. Cristóvão/Fig. de Mello).
E também está lá, (é o Luiz de Lucca que diz) que em 1930 o bonde Alegria era o 3.
É claro que o nosso De Lucca deve estar errado em alguma coisa, visto que a foto do André não bate com a listagem.
Em todo caso, fica aqui um princípio de ex-quase-polêmica.
Cacetada!!!!! Fui lá outra vez no sítio do Luiz Delucca e, para quem gosta de bonde, aquilo lá é uma sopeira funda e cheia até à boca.
Deve ser a filial na Internet da Universidade Mundial do Bonde.
Ei sou fã dos bondes… Agora imagina o caos que seria… bonde, onibus, van… calro que nunca haveria uma ordenação do transito por parte das autoridades INcompetentes dessa cidade. Haveria um caos como ha atualmente…
Amaanha vou por uma foto de uma fila do ponto do lotação…
:-)))
concordo com vc! ônibus e vans…arghhhhh
viva o bonde!..ecológico e…poético! hahah
té quarta!
André… CHEGA!!! Tá bom?!?!?
Alegria é o meu nome…estou que nem pinto no lixo !!!
Agora só falta o Nelson colocar o troço na canaleta…
:)))
:)))))
:))))))
Todas essas imagens ainda são vivas na minha lembrança, mas posso ter incorrido em alguma imprecisão. Me corrijam, por favor, prá que eu não passe por mentiroso.
Saudade não tem idade (mas tem que ser verdade!).
Abs.
Alvaro Gabriel: a numeração dos bondes mudou conforme a época. Assim, embora não tenha ainda visto o “site” do xará citado por você, talvez aí esteja a razão da confusão. Depois de 1950, minha época como testemunha ocular, os bondes com numeração baixa eram os que serviam a Zona Sul, tais como o 1 – “Largo do Machado”, 2 – “Laranjeiras, 3 – “Águas Férreas”, 4 – “Praia Vermelha”, 5 – “Leme”, 6 – “Humaitá”, 7 – “Jóquei”, 9 – “General Polidoro”, 10 – “Gávea”, 11 – “Jardim Botânico”, 12-Leblon, o 13-Ipanema, o 14-General Osório, o 21-Circular.
htpp://ludaol.multiply.com
Tenho fotos e um puco da história (em construção) dos Bondes do Rio no seguinte link:
http://geocities.yahoo.com.br/zostratus14/rio-bonde-00.htm
O site do Almirante é muito bom !! Cai nele por acaso pesquisando fotos do Rio de Janeiro
É …não sei!
Aparece uma flor rosa clarinho.
Vou me refrescar!
Bjócas e um bom dia!
De
Gente do céu ! Imagina ir pendurado deste jeito ?! Coisas de Brasil que nunca mudam..
Beijão !
O Pikyto esqueceu um detalhe que me deixava intrigadíssimo na manípula (era esse mesmo o nome?) que o motorneiro controlava. É que havia uma posição em que estava escrito: NÃO PARAR NESTA POSIÇÃO. Nunca soube porque. Sempre imaginava o bonde explodindo, ou descarrilhando ou quem sabe, tocando ensurdecedoramente uma música do Vicente Celestino.
Será que o Pikyto ou outro “bondeólogogo” sabe ?
Em tempo: o Pikyto também esqueceu o Taioba, o bonde de carga. Ou seria esse tal de “caradura” que ele citou ?
Alvaro, obrigado pela complementação. O Taioba era o Caradura. Lembro bem da tal posição da manícula, mas também nunca soube o que poderia acontecer se ela ficasse parada ali. Mas juro que irei pesquisar. Em http://www.almacarioca.com.br/lbn07.htm tem uma delicioso relato do Rogério Barbosa Lima sobre os bondes, que vale a pena ser lido. Abs.
P.S. Luiz D`, tenho certeza que o 11 era o Jardim-Leblon!