A técnica usada, Cut and Cover, mostrou-se um desastre para a vida da cidade, ruas inteiras foram devastadas, como a Uruguaiana e a do Catete, onde o transito foi interrompido e os pedestres tinham que se espremer por entre os estreitos espaços que restavam entre os tapumes e os prédios, sacrificando até hoje o comércio dessas vias, que não se recuperou de pleno até hoje, mais de 25 anos das obras encerradas.
A rua Marquês de Abrantes, bem como a rua do Catete estão na foto transformadas em um grande buraco, escorado com perfis metálicos para evitar o desabamento numa área super pantanosa, pois em tempos idos nesse exato local fica a ponte do Salema, bem como o ria da Carioca se dividia formando o seu braço conhecido pelos escravos com rio Catete indo desaguar perto do Outeiro da Glória.
Engenheiros do Metrô falam que a obra, tanto nessa região, onde antes passava um rio, como na região da Uruguaiana onde existia a famosa “vala da cidade” foram extremamente custosas e demoradas em virtude do solo muito ruim.
Das construções que vemos quase todas permanecem, mas a direita da foto após o prédio grande podemos ver a cicatriz urbana com a demolição de prédios importantes como o velho cinema São Luiz e a grande Garagem de bondes.
Comments (21)
Eu me lembro disso. Verdadeiro inferno que se arrastou por anos e anos até ficar pronto. Morei na Muniz Barreto em Botafogo e tive o prazer de assistir da janela da minha cada esta obra.. que inferno !
Obra realizada com décadas de atraso. Fora a crônica falta de dinheiro que alonga prazos (vejam o caos que está a Rua Tonelero em Copacabana, onde se arrastam as obras – inacreditável o descaso com os moradores e comerciantes dali).
E a incúria administrativa que tem como exemplo maior nesta área, na minha opinião, a não previsão de um transporte coletivo tipo metrô para a Barra da Tijuca (se nem esgoto planejaram quanto mais transporte!!!).
Outro exemplo foi o “show” na praia, em plena 2º feira, dia útil. Engarrafamentos, assaltos, tumultos, total desgoverno em Copacabana esta semana.
E como era bonito o “hall” do São Luiz!
http://ludaol.multiply.com/
E na Tonelero a obra está sendo por jet grounding, onde teoricamente os transtornos seriam minimizados, mas mais uma vez o solo interfere, pois a obra passa no cinturão da bacia sedimentar dos morros São João e Cabritos, terreno de material sedimentar, onde até turfa foi encontrada nas escavações.
O desprendimento de gases por decomposição de matéria orgânica no início das obras era tão grande que uns 3 ou 4 operários desmaiaram a obra teve que ser paralizada para o sistema de ventilação das galerias ser modificado
opa! eu era muito nenem pra lembrar
Infelizmente o desastroso “cut and cover” é a única forma de se construir algo subterrâneo na maior parte do Rio. Em São Paulo, o solo rochoso permite que a obra seja feita com “tatuzão”, com intervenções mínimas na superfície.
Pra piorar a situação, uma descerebrada lei da época impede até hoje que sejam feitas construções nos terrenos do Metrô, mesmo naqueles em que a linha não passa por baixo, como na Rua do Catete.
Me lembro que lugares como a praça Saens Pena e a Cinelândia praticamente deixaram de existir.Era tudo um enorme buraco,cercado por tapumes.
Essa foto me traz lembranças de como era terrível conviver com as obras do Metrô no Rio. Teve época que cheguei a pensar que jamais veria a cidade normal outra vez.
O trânsito era insuportável. Andar nas ruas afetadas era quase tão difícil e enervante quanto tentar acessar um flog daqui. Fico imaginando as coisa interessantes (peças arqueológicas) que os caras devem ter encontrado durante as escavações. Abraço!
Celso Serqueira
http://fotolog.terra.com.br/mapas
Once the metro is finished, people forget how disrupting the building of it was. I loved to ride the metro when I was in Rio. It was safe, clean and very efficient at getting me all over the city.
Reparei uma coisa estranha nessa foto. Na extrema esquerda tem a bordinha de um prédio relativamente moderno, aparentemente intacto na época. Mas hoje em dia existe ali uma praça remanescente das obras do metrô. Quando e porque esse prédio foi demolido? Ele não parece estar atrapalhando as obras.
Rafael, v/c tocou em algo muito interessante, esse prédio existe até hoje, só que ele é bem para trás.
Se v/c reparar bem na sua base, ele não possui pilotis, o que é ilegal na zona sul apartir dos anos 50, trata-se de uma bela montagem a existência desse prédio, aí nesse lugar !!!!
Muito boa a sua observação !!!!!!!!!!!
Tudo certo amanhã no Chateu…devo ir pra lá cedo…tipo 3 horas!
🙂
Bjócas!
De
Yes!
Aí lá a gente pede algo…qto a bebida eu vou comprar umas pra levar…e uns belisquetes aqui na Panini!
Em casa é que não vou ficar…:)))
Vc vai fazer o que enquanto a Bê não sai…vai pra lá cedo tb!
Certo?
:))
Então que horas vós micê vai?
Posso ver a janela do apartamento onde morei mais de 20 anos, na Rua do Catete (344), que aparece a esquerda na foto, ao lado desse prediozinho de 2 andares. Será que esse prédio já existia nessa época? No meu tempo de criança aí tinha uma casa antiga que funcionava como uma pensão.
Meu predio tinha uma marquise e aí na foto já não tem mais. Não lembro, mas talvez tenha sido demolida por causa da obra do Metrô. Na esquina da Conde de Baependi com Rua do Catete tinha a Farmácia Jacy.
O edifício da esquina era um predio antigo de poucos andares que foi implodido. Disso lembro bem porque vistoriaram os apartamentos do edifício onde eu morava antes da implosão.
Do outro lado da rua, no lugar do posto de gasolina (esquina de Catete com Barão do Flamengo, tinha uma casa antiga, não sei exatamente o que era (se era um asilo ou um pensionato de idosos), tinha muitas velhinhas e muitos gatos. Acho que até 1965 essa casa ainda existia, pois nesse ano eu era professoranda (estava no terceiro Normal) e saía de casa as 5 e pouco da manhã para pegar um ônibus pra Central onde pegava um trem pra ir dar aula em Padre Miguel, e lembro de passar na frente dessa casa.
Beijos e BOA PÁSCOA !!!
Maria Luiza
Ótimo tema para o fotolog!!!
Caramba! Aqui do lado de casa…
Eu não lembro que tinha ficado esse caos!
Mas ficou!
UIA!!!
Bom fim de semana e boa Páscoa!!
Beijos!
Adri 🙂
Me enganei feio quanto ao prédio. Como não costumo passar muito por ali, não me lembrei dele a princípio, mas agora recordo que ele fica do lado da Igreja Metodista, atrás da praça onde passa o metrô.
O ângulo da foto engana, parece que o buraco está seguindo pela Marquês de Abrantes, mas na verdade a rua fica do lado do buraco, talvez na direção do galpão ou até mesmo mais para a direita, onde estão indo os carros.
Falando em prédio e metrô, me intriga um edifício que existe na Rua Paissandu que foi claramente construído nos anos 50 (ou 60?), mas já foi feito na medida certa para deixar passar o metrô.
Comentando o comentário do bandman acima, sim, o metrô de fato é limpo e eficiente, mas não é essa a questão. O fato é que as obras foram um suplício para a população e muitas áreas afetadas jamais se recuperaram. A Praça Saens Pena por exemplo, onde eu ia tanto ao cinema antes do advento do metrô. E lamento até hoje o desaparecimento dos salões de sinuca do Largo do Machado, pertinho dessa foto. Eu jogava lá quase toda noite, mas as obras do metrô interromperam a minha “carreira”.
Essa área não se recuperou totalmete até hoje do estupro que foi a obra do metro. O resultado para a cidade foi ótimo, mas o bairro sofreu muito.
O prédio baixinho da esquerda, o da esqwuina ta lá até hj… acabei de passar por ele!
:-)))