A primeira é uma foto de 1894, não muito boa é verdade, mas onde podemos reparar na arquitetura basicamente colonial, com pitadas de neo-clássico da rua Gonçalves Dias, a Colombo já era um ponto de encontro das elites, até as 17:00 freqüentado pelas famílias e por alguns jornalistas e boêmios precoces, mas a partir dessa hora se dava uma verdadeira fuga das pessoas “de bem” e a confeitaria se esvaziava totalmente, só permanecendo o segundo grupo supra citado, era inclusive a hora que os garçons jantavam e se podia fazer limpeza no salão e na cozinha.
A partir das 17:30 começavam a adentrar no estabelecimento as belas meninas da Susana e da Vallerie, e depois mais levas de outros “batalhões” para a alegria dos comendadores que também chegavam por lá por essa hora, alguns para se juntar aos boêmios e intelectuais e outros para torrar seu dinheiro com as cocotes, versão do séc. XIX para as “modelo e atriz” dos dias de hoje.
Comments (45)
Tem alguma forma de trazer o Rio de volta? Acho que começa por votar com a cabeça né?
*Já disse e repito!Adoro este flog!!!!!!!*
Suas fotos são lindas!!!!!! adoro fotos antigas.
André, que legal esta sua idéia de fazer uma série comemorando os 110 anos da Confeitaria Colombo! Eu sou de Brasília e quando vim trabalhar no Rio, no centro, nunca tinha nem ouvido falar da confeitaria Colombo, um amigo meu me levou lá, mas sem falar nada. Só disse que iríamos tomar um cafézinho… quando entramos, ele entrou e eu fiquei parada lá na entrada paralizada, de boca aberta, olhando aquele teto lindo… até hoje me lembro da sensação que senti naquele momento, nunca imaginei conhecer um lugar tão lindo. Sempre que posso vou lá, olhar aquelas fotografias antigas e apreciar a beleza… bem que eu queria saborear as guloseimas também, mas se eu fizer isso, me regime vai por água abaixo.
Estou querendo acompanhar essa sua série dessa tradicional e linda confeitaria.Estou aguardando,André.
Uma boa semana para você.
Abraços.
Tenho certeza que vou adorar essa série!Abs,Marcia.
Começar a segiunda com Colombo não é pra qualquer um… Adoro aquilo lá.
Há no seg piso um pequeno museu que conta a historia dessa casa.
:-))
Preprare seu fraque que hoje temos baile! :-)))
Já viu a Lambreta lá no log?
Cocotes? vou anotar mais essa! :))))
Muito linda ela hj.
Vou acompanhar essa série!!!!!
–
Rapaz, pode crer que na foto anterior eu nem tinha pensado em contos de fadas.
Bem lembrado por vc, o autor de livros.
abs
Eduardo
Adorei a idéia da série sobre a Colombo. Nada mais gostoso do que sentar para comer na Colombo ao som do piano e do violino. Nem parece que estamos no Rio…
merecidíssima série
a Confeitaria Colombo é um tema bastante interessante, com certeza
estarei acompanhando, e vivendo a época que não vivi, pelas suas imagens
[]s
essa série vai ser boa!
A Colombo vai abrir filial na Barra, né?
E a paulista Arisco bem que tentou acabar com a “parte que não interessava” (isto é: as lojas de Copa e da Gonçalves Dias) ao comprar a Colombo por causa da geléia, goiabada e outros productos.
A loja de Copa dançou para virar banco – e lembro perfeitamente que a Arisco apelou para a desculpa usual: “a violência espantou a freguesia”.
Qualquer atrocidade histórica pode ser justificada com essa palavrinha mágica. Prático, não?
Difícil?! Na Colombo é praticamente impossível resistir à tanta coisa gostosa… ainda mais quando vejo montes de turistas tirando uma foto dando uma mordidona em um dos doces… 🙂
Quando entrei na Colombo pela primeira vez, um rapaz tocava piano lindamente e encantada pela música e pela decoração maravilhosa, me senti uma dama do século XIX. Engraçado, sempre tenho a sensação de ter saudade de um período que não vivi. Algum de vocês já teve esta sensação?
Aguardando ansiosamente o restante das histórias… A sensação naquele pedaço do Rio Antigo é indescritível.
Isso aí Jason deveriamos fazer um movimento Colombo de Copa Já !!!!
André
Tem uma página no site do MHN que tem mais de cem fotos do Rio Antigo, você já viu?
Devem ser as fotos do Guitierrez
Exatamente, Juan Gutierrez. Trabalho e estudo no Centro e estou sempre garimpando locais históricos para visitar. Por favor, se puderem sugerir algo, vou adorar. Soube que nas imediações da Pça Mauá tem o Morro da Conceição, com construções de até 300 anos, deve ser um show de arquitetura, ainda esta semana vou até lá, depois conto pra vocês…
O morro da Conceição é uma boa pedida, v/c pode subir pela rua do Acre pela ladeira com o nome de rua Major Daemom indo até o Centro de Geografia do Exército, e depois decer até a praça Mauá, ou até a rua Sacadura Cabral por uma das várias ladeiras que começam na frente dessa unidade do exército, é um belo passeio
André
Dá pra ir a pé ou a caminhada é muito longa???
Com um pouco de disposição dá para andar tudo, só aconselho a não usar objetos chamativos, a área não é barra pesada, é um bairro lusitano, mas é Centro, nunca é bom arriscar
Na época do planejamento do Inca Trail eu fui muito lá na rua M. Daemon.
Todas as cartas cartograficas que o IBGE não tinha eu peguei lá no CGE, inclusive as que só o exército tem por serem de regiões consideradas de segurança nacional.
JRO :-))
Tem razão, pra esses passeios é sempre melhor se trajar “franciscanamente”
vc tem toda razão!!! Precisamos nos reunir para o chopp semanal, por falar nisso….beijos
Bacana o início da série, já sei que vem coisa boa pela frente!
**Jason **
Acho que os paulistas estão inocentes no episódio do fechamento da Colombo, porque a Arisco era goiana e não de SP. Atualmente integra o imenso rol de aquisições da multi-mega-hiper Unilever Bestfoods. Abraços
vou ver se fecho uma data com eles. Te aviso.
André, a série Colombo é coisa muito bem-vinda e vou acompanhar com muita atenção. Me lembro uma vez, num sábado de Carnaval, ali em frente ao Edifício Av. Central, um casal de turistas gaúchos me perguntou sofregamente (tá bem, sofregamente estou exagerando mas ansiosamente, pronto ) onde ficava a Colombo. Como eu ia mesmo pra`queles lados resolvi acompanhar o casal até lá. No fundo eu queria ver se eles teriam o mesmo impacto que a “cpessoa” declarou ali em cima. Pois meus amigos, o gauchão, aí dos seus 60 e poucos anos, entrou, parou, olhou e os olhos se encheram de lágrimas. E ali, extasiado, olhando a clarabóia colorida e aqueles espelhos belgas, dizia comovido: ” – Há quanto anos eu queria vir aqui…era o meu sonho na juventude…como eu sonhei com isso. Evidentemente, saí pé ante pé.
Conheço esta história.
Aqui em Fortaleza, tem um local, onde acontecia mais ou menos o mesmo… 🙂
Puxa muito legal essa ideia de fazer uma série sobre a Confeitaria Colombo.
Qdo falamos aqui de lugares que nao existem mais, a maioria deles eu nao me lembro, mas da Colombo de Copa eu me lembro muito bem, sempre que podia eu ia lá . Fiquei sabendo que iria terminar antes de ter sido transformada em banco.No final ela já estava bem decadente e foi uma pena pois naquela época era talvez o único lugar na zona sul do Rio que se podia tomar um café decentemente sentado em uma mesa, depois começaram abrir um café aqui, outro alí, e hoje já existem bastantes.
Me lembro que todos os estabelecimentos possuiam as máquinas de fazer capuccino mas ninguém sabia prepara-los.
Sobre `cocotes` é engraçado, pois a minha santa bisavó tinha o apelido de vovó cocota, talvez porque se chamava Maria Carlota assim como o meu tio-bisavo tinha o apelido de Seu Nhonho. Acho que esse tipo de apelido era comum no Rio no final do século retrasado e principio do passado.
Abraços
André
A Colombo e a Cavé eram os lugares de sorvete quando eu ía com minha avó a Niterói, de barca, buscar a pensão dela. Como recompensa, sorvete de frutas, com fios de ovos. E o incomparável waffle. Deus, André, sinto o gosto!
Ao visitar a exposição de carros antigos do Veteran Car, semana passada no Posto 6, me deparei com a Confeitaria Colombo do Forte, que fica dentro do Forte de Copacabana. É claro que não substitui a antiga filial da Colombo em Copacabana, mas sem dúvida que a localização é privilegiada.
A Confeitaria Colombo é a própria história do Rio de Janeiro, e pensar que até os bondes faziam ponto em sua porta…
o rio é lindo ….do jeito q for..isso é historia..se puder me add vou ficar grato..flw
Brilhante idéia!!!
Essa série vai fazer sucesso!
Também vou acompanhar!
Uma vez a Fundação Real Grandeza (Prev. Privada de Furnas) marcou um passeio de aposentados indo ao Mirante Dona Marta, Largo do Boticário, Arcos da Lapa e encerrando com um lanche na Colombo. Foi um dia maravilhoso !!!
Bjs,
Maria Luiza
Acabaram com a Colombo de copacabana pra virar Banco… ou seja trocaram o mil folhas pelas mil notas! to no bonde do Andre passeando pela Colombo!
Precisava ter mais divulgação turística a Confeitaria Colombo, que iria deixar embasbacados os turistas que aqui vem. Em Buenos Aires , o Café Tortoni, que é tão divulgado nos sites turísticos, nem chega aos pés da Colombo !
Show de fotografia e de história, coloquei um link no meu flog .
Abraços do Zé
*** Uêba!!! Começa a chover em São Paulo.Que bom!Estamos precisando muito! Lí a troca de lembranças, emoções, e histórias de vcs com a Colombo Copacabana.Pelo que deu para sentir aqui,a unanimidade não é Burra! Contrariando o grande Nelson Rodrigues…Imagino que pela cidade, seja geral a vontade de terem a volta da doceira ! Por que vcs não aproveitam o momento e começam a pensar/provocar um movimento pela volta da Colombo e o tombamento do prédio? (Já é tombado?) Seria um tremendo projeto! Com o apoio do próprio banco.Poderia ser gerido pela Colombo,o banco e alguma(s) entidade(s) beneficente(s) ! Todos ganhariam…;-)) e por aí afora! Pensem bem!” Vale tentar! Muito! A imagem da Colombo Copacabana está firme na minha memória! Quando estive lá na primeira vez, fiquei bastante impressionado ! Eu era pequenino. Parecia estar entrando e um mundo diferente! Com magia e delícias,seguramente! Um doce abraço em todos.Roberto ***
Que maravilha André ! Ai que vontade de comer aquele camarão empanado e os casadinhos e Pingo de Tocha !!!! : )))