Conforme combinamos com os outros fotologers, hoje é dia de postar imagens do Rio, como esse flog sempre faz isso, vou voltar totalmente no passado, em 1567 mais precisamente no morro do Castelo .
Essa é, segundo historiadores, a aparência da cidade nessa época, podemos ver o forte de São Sebastião, conhecido como castelo da cidade, e que deu o nome ao morro ( a grande construção retangular com um pátio central e extremos pontudos onde ficavam as guaritas ), o grande complexo com um prédio comprido, quase 200 metros de extensão, com muitas janelas era o conjunto dos jesuítas, com escola, hospício e igreja, a outra igreja era a Sé, e na sua frente o fortim chamado de Baluarte de São Januário .
Na várzea temos, na ponta do Calabouço a forte de São Tiago, e os primeiros prédios da Santa Casa, o qual englobava a igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso, a única de pé até hoje .
O tecido urbano já começa a se espraiar, temos como ruas traçadas as seguintes tendo como ponto inicial o largo no topo do morro:
A direita da foto temos a ladeira do Poço do Porteiro ou do Seminário, saindo do lado da Sé e se dirigindo a atual Cinelândia, terminava mais ou menos onde hoje é a Biblioteca Nacional, a esquerda temos a ladeira da Misericórdia da qual ainda sobra um pedaço junto a Santa Casa, dirigindo-se para baixo da foto temos da ladeira do Castelo, que já na várzea se conecta com a rua São José, e rua da Misericórdia através do beco do Cotovelo, a rua da Misericórdia começava aos pés da ladeira do mesmo nome e iria se conectar mais a frente com a rua Direita atual Primeiro de Março .
As praias vistas aqui são a de Santa Luzia, onde hoje é a rua homônima , a do Boqueirão, do outro lado do morro temos as praias da Piaçava, bem junto a ponta do Calabouço, e como continuação dela a praia de D. Manoel, onde hoje é a rua homônima .
A cidade não devia ter nessa época pouco mais de centena de pessoas, como pode se ver, havia pouquíssimas residências sendo quase todos os prédios aqui mostrados ou sacros, públicos ou bélicos .
Essa maquete pode ser vista no Museu da Cidade lá na Gávea
Comments (8)
pattita @ 2004-01-20 10:33 said:
c00l
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Suely @ 2004-01-20 11:24 said:
Muito bom 😉
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andredecourt @ 2004-01-20 11:38 said:
[email protected] @ 2004-01-20 11:13
Decidimente, o mundo (= o Rio) não está perdido. E alguém se preocupa com nossas origens e história. Falta só falar um pouquinho mais sobre a Zona Norte, sempre esquecida nessas memórias…
;0)
Mas que deve ter coisas lindas. Vou catar o que tenho mandar algum material para ilustrar seu blog, flog, sei-la-oqulog…
JC
Fala João Carlos, os que me conhecem sabe que eu como o Paulo /rioantigo, sempre incentivamos a quem tenha fotos da zona Norte a nos mandar ou então divulgar, pois são muito raras e há uma carência muito grande de se conhecer essa região no passado !
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ze_lobato @ 2004-01-20 12:18 said:
Sempre uma aula sobre esse nosso Rio, aqui aprende-se vendo, São Sebastião te agradece de Janeiro a Dezembro. Abenção André
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cronai @ 2004-01-20 12:44 said:
Sensacional! Eu sempre penso nisso, em como seria essa cidade antes da “descoberta” — ou pouco depois. Acho que algumas construções dão muito charme, paisagens inteiramente vazias são bonitas mas historicamente neutras. Outro Rio que eu gosto muito de imaginar é o dos anos 30, 40: pelas fotos que conheço, taalvez o mais bonito de todos.
oops pela msg acima:
A CIDADE QUE MAIS SOFREU METAMORFOSE FISICA E URBANA NO MUNDO: PARABENS!
soh peco pra preservar um pouco mais o passado
linda essa maquete…. nunca tive talento p/ fazer maquetes na faculdade!
E verdade, muitos acham que o largo do boticário é antigo, acho que ele é um paradoxo em algumas teorias. Ele é repetição de modelos tradicionais (…) Se formos ver sobre o ângulo do valor histórico e documental, essas cópias desvalorizam o conjunto em que se inserem, pela mistura entre o autentico e o forjado.
Considerando ele um pastiche do modelo neocolonial, ele seria um conjunto sem valor. A pergunta principal é porque um conjunto sem valor deveria ser tombado (ele é tombado pelo INEPAC)? Na minha opinião o valor do Largo do Boticário é a criação de uma identidade própria que se integra com o bairro do Cosme Velho. De acordo com Jean Barthélémy, as pessoas precisam pertencer a uma unidade espacial identificável, e o Largo é parte dessa identificação do bairro do Cosme Velho, ele tem, portanto, valores turísticos, artísticos, paisagísticos e folclóricos dentro do Bairro…apesar de ser uma construção nova!Me desculpe pelo longo comentário, mas é uma questão complicada essa de patrimônio! rs…
Essa maquete, como outras que têm lá nesse museu, é espetacular! Eu fiquei impressionado quando fui e vi pela primeira vez. É um passeio obrigatório para qualquer carioca, ver as fotos que mostram o Rio de ontem, e as maquetes!
Bela foto!
Abraços!
Muito bacana esse seu flog, uma aula de histório, de muito bom gosto. Bacana te conhecer hoje no meeting.
um abraço
muito boa
boreli @ 2004-01-20 07:28 said:
Boa André!
Vou postar a minha já já…
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luisarocha @ 2004-01-20 08:01 said:
Ótima maquete, ótima foto…. e o comentário, sensacional!!!!!!!!!!!
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anamaria2205 @ 2004-01-20 08:07 said:
Adorei a escolha da maquete – bela homenagem a uma cidade que se tornou maravilhosa !
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/nelson369 @ 2004-01-20 08:22 said: Foda, Andre. Desculpa, mas tu é foda. Revirei o dicionário, mas nao encontrei outra palavra. Foda. Pronto.
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andredecourt @ 2004-01-20 09:33 said: rioantigo @ 2004-01-20 08:39 said: Achei uma foto da Faculdade de Medicina no flog
http://www.fotolog.net/joannamaria/
Vou salvar essa foto de hoje e o seu texto. Vai para o RIO ANTIGO, lá no ALMA CARIOCA. Merece.
Paulo que foto fantástica da Fac. de Medicina, eu tenho uma de 81 tirada de helicóptero da praia Vermelha, a faculdade está linda, bem conservada, telhados perfeitos, pintura impecável poucos meses depois ela seria demolida… cara fico revoltado, ainda por cima não terem construído nada lá até hoje .
Ela será escaneada fim de semana que vem e futuramente postada no flog