O Tabuleiro ficava nas adjacências do Largo da Carioca, mais ou menos hoje onde acessamos a Av. Chile vindo da Av. Al. Barroso .
O sistema de bondes era muito interessante, e se pensar bem lógico, os carris não tinha linhas muito longas não se afastando de suas garagens de origem, então de tempos em tempos havia terminais onde o usuário trocava de linha e pegava outra dependendo de seu destino.
Isso evitava que as linhas ficassem muito longas e o sistema tivesse que ser alimentado com dezenas de bondes a mais, pois em uma linha longa precisamos de mais carros para os intervalos não ficarem muito grandes; e também para flexibilizar a demanda e oferta nos ramais, aliás igualzinho o nosso sistema de ônibus hoje, não !!!
No tabuleiro as linhas vindas da Zona Sul vindo pela Cinelândia, e voltando pela Senador Dantas, se encontravam com as da Zona Norte, vindas pelas ruas da Carioca e Uruguaiana e pelo Ramal 1° de Março-7 de Setembro, notadamente grande Tijuca e São Cristóvão, aí o passageiro poderia escolher o seu ramal e até pegar os bondes para Santa Teresa (ramal Arcos-Neves) que faziam do demolido prédio da Ordem Terceira do Carmo ( demolido nas obras do Metrô ) o seu “loop” para voltar para as colinas do bairro .
O tabuleiro foi criado na prefeitura de Henrique Dodsworth, juntamente com mais uma ampliação do largo da Carioca em direção a Al. Barroso e com o alargamento da rua 13 de Maio com a demolição da velha Imprensa Nacional, tendo em vista a desativação para posterior demolição do Hotel Avenida e Galeria Cruzeiro a qual tinha originalmente essa função, o Tabuleiro era para ter sido provisório e segundo meu pai era muito feio, uma laje em forma de feijão cheia de pilares, mas acabaram com bonde antes de se dar outro terminal para os carris
Ps. Espero ter acertado os ramais dos bondes, pois não peguei essa época
Comments (10)
Grande tabuleiro. Tirando o tabuleiro em si, que foi posto abaixo, os prédios em volta ainda estão firmes e fortes. Quem trabalha nas cercanias da Almirante Barroso pode identificá-los facilmente. Ah… sim: um Ford 46 vem e outro Ford (39 ou 40) vai!
maravilha de registro, André! Esperamos por vc no próximo!
Seu flog é uma constante aula de história, pena que estamos de férias, mas quando voltarmos vou recomendar aos meus alunos…quem sabe eu não monto um trabalho para eles em cima do seu flog? Hummm…acho que estou tendo uma idéia! Depois te falo.
Beijos, Bê.
ahahhaaha eu tb fiquei de olho nos carros!
Quanto ao trabalho com os alunos, dou a maior força, material é que não vai faltar aqui (hoje eu fiquei até meio tonta com tanta informação! Muito bom!!!)
Meu pai de vez em quando fala do Tabuleiro da Baiana, mas eu sempre acabo boiando…
Obrigada pelas aulas diárias de História. Adoro seu flog.
Muito boa essa foto! E obrigado pelo texto: uma verdadeira aula! Valeu!
Muito bom o teu fotolog. Está “favoritado”. Sobre a mensagem que deixaste no meu flog, considero essa atividade como um hobbie — não como um trabalho. Parabéns pela página.
[]`s Pablo.
FANTÁSTICO!!!
PARABÉNS ANDRÉ!!!