O misterioso AD publicou em seu fotolog imagens do violentíssimo incêndio que destruiu a loja A Exposição na Av. Rio Branco ( http://fotolog.terra.com.br/sdorio:2171 – http://fotolog.terra.com.br/sdorio:2175 ), a época o pior incêndio da cidade desde a destruição do Parc Royal no Largo de São Francisco.
O imóvel embora modernizado por fora (sem os ornamentos ecléticos) e possivelmente por dentro, continuava sendo um típico prédio da primeira geração da Rio Branco, fachada de alvenaria com o interior em estrutura metálica e pisos em madeira, o que explica a violência do incêndio e a total destruição do imóvel, que certamente estava recheado de materiais inflamáveis, agravando ainda mais a situação.
Com o desabamento de todo o interior, as fachadas calcinadas pelo fogo e já semi arruinadas se traduziam em um grande risco e precisavam ser removidas, mesmo que significasse o completo desaparecimento do prédio.
Dois dias depois do sinistro, e com um enorme público que se espremia no encontro da Rua São José com a Av. Nilo Peçanha, a PDF iniciou os trabalhos de demolição.
A técnica utilizada foi a que envolvesse o menor número de vidas humanas, os bombeiros com as magirus amarravam um cabo de aço em torno de uma viga da fachada e um pesado reboque, possivelmente do DER-DF tracionava o cabo até o que restava da estrutura ir ao chão, do modo mais controlado possível.
Com o fim do prédio os planos de anos antes de criar um corredor viário do Castelo até a Central ganhava forma, pois como no caso do Hotel Vogue o prédio mais valioso do quarteirão perdia sua substância, bastando apenas desapropriar o terreno não edificante. Mas o processo de desapropriação do resto vdo quarteirão foi lento e coube, 15 anos à frente, a construção de um prédio pela inciativa privada as condições finais para o prolongamento da Av. Nilo Peçanha. Vemos alguns objetos interessantes do mobiliário urbano da época como o sinal de pedestres que utilizava as palavras ( siga e pare) em neon.
Agora sim a história completa do prédio!
Com certeza pelo o que foi contado aqui deve ter continuação da demolições dos demais prédios do quarteirão.
O sinal de “siga” e “pare” é bastante interessante.
Demolições sempre foram uma atração para o carioca…
Bom dia André.
Estou fazendo um trabalho sobre as praças do Rio e gostaria de saber se você tem mais fotos da Praça do Lido com projeto de Burle Marx. Só encontrei essa foto em seu site:
http://www.rioquepassou.com.br/2009/02/16/praca-do-lido-terceira-urbanizacao/
Aliás, você por favor poderia enviá-la em alta resolução. Não a encontrei no site da LIFE.
Muito obrigado.
Marcus, pelo que me lembre só possuo essa foto desta urbanização, irei ver nos meus arquivos. Irei te mandar a noite a foto em alta.
Abraços
Muito obrigado André.
Parece que havia outra loja da Exposição na esquina da Ouvidor com Rio Branco. Acho que tenho a foto… vou procurar nos arquivos e se tiver, posto amanhã.
Falei com JBN, que se lembrava bem do incêndio da A Exposição Avenida. Excelentes fotos aqui e no AD. Barba,cabelo e bigode.
Imagino como deve ter sido a coisa… literalmente fogo! Gostaria de lembrar que as lojas A Exposição também existiram em São Paulo, com o nome de A Exposição/Clipper, e também tinham loja em Ribeirão Preto, no interior do estado. Foi inclusive essa cadeia de lojas que implantou no Brasil, em 1949, o Dia dos Namorados, aqui comemorado a 12 de junho, para incrementar vendas (fora daqui é comemorado a 14 de fevereiro, dia de São Valentim, considerado padroeiro dos namorados). O slogan da campanha era: “Não é só com beijos que se prova o amor”.