Escola Nacional de Belas Artes, final do séc. XIX

Temos hoje um post duplo com o Saudades do Rio, que publicou na última sexta ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:2069 ) uma foto das obras de ampliação da antiga Escola de Belas Artes, localizada na Travessa de Belas Artes.
Nossa foto, mostra o prédio logo após suas obras de ampliação e modificação dos dois corpos laterais, que ganharam um revestimento mais elaborado o que existia anteriormente. Na frente do frontão do prédio, temos uma tímida tentativa de se urbanizar uma cidade à época inurbanizada. O largo, como a travessa, os prédios fronteiros e por fim a estátua de Carlos Gomes, com os delicados guarda corpos eram uma ilha de um ambiente urbano de bom gosto numa cidade, mal calçada, mal arruada, mal iluminada, mal drenada, mal edificada, sombria, com maus costumes e com uma população doente.
Até as grandes intervenções de Passos, esta e mais algumas outras ações pulverizadas pela cidade que crescia eram as pífias tentativas de transformar o Rio Colonial, mutilado pelo crescimento desordenado numa cidade dígna de ser a capital de um país.
Como já sabido o prédio, depois de perder a Escola de Belas Artes, transferida para o novo prédio na Av. Central, foi incorporado no complexo do Tesouro, modificado com mais um andar, não planejado, e demolido nos anos 40 para termos um terreno baldio até hoje. Num dos planos para o local seria construída a prefeitura do DF, sem casa desde a construção da Av. Pres. Vargas.
Mas com a saída da Escola de Belas Artes as modificações começaram praticamente de imediato, com a retirada da estátua de João Caetano, levada para um canto do Campo de Santa, em 1916 a estátua dançou novamente para a frente do Teatro João Caetano, mas seus delicados guarda corpos sumiram, bem como o punham, furtado seguidamente pelos impunes ladrões que vem destruindo os monumentos da cidade, sem serem presos ou punidos.