Praça Paris, Av. Beira Mar, Jardins do Monroe início dos anos 40

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Sem dúvida uma cidade elegante, com urbanismo de bom gosto, mobiliário urbano bonito, espaços bem cuidados.
Essa era a capital da república no período anterior a segunda grande guerra, uma cidade ainda equilibrada, com seus serviços funcionando a contento em relação a sua população. Mas 10 anos depois tudo estaria diferente e tínhamos uma cidade com grandes problemas, grande parte causados pelo crescimento acelerado e desordenado do período pós-guerra.
Muitos foram sanados com o governo da cidadestado, outros eram insolúveis e muitos, quando o sonho da Guanabara foi sepultado, ficaram, até hoje, antes de serem resolvidos.
Na nossa foto da Life, podemos observar diferenças entre imagem de ângulo parecido tirada menos de 5 anos antes. O bonde faz seu desvio da Rua do Passeio  onde anos antes estava o Cassino e Teatro Beira-Mar, e mais antigamente o terraço do Passeio Público.
O Monroe não tinha mais seus jardins cercados por grades, o que seria uma medida de integração do Senado com a cidade, na década seguinte significaria a destruição dos jardins para o parqueamento dos carros dos legisladores.
No traçado original da Beira Mar de Passos, os postes colocados por ele tinham sido substituídos por adaptações, aptas para segurar os cabos dos bondes.
Na parte pós Lapa é denso o arvoredo, mais uma vez sendo constatada a felicidade da politica de arborização pública do grande prefeito, algo que o atual, da época, Henrique Dodsworth pelo visto tinha raiva, sua administração foi uma das mais áridas da cidade.
Na parte pós anos 20 vemos o crescimento das árvores mais comedito, mas já bem copadas. A Praça Paris se mostra no seu explendor. Na Augusto Severo, como no Catete alguns prédios de apartamentos já sobem, indicando uma verticalização, ainda discreta e totalmente suportável. O Glória ainda tem sua fachada original e arremata, magnificamente, a sedutora volta da enseada da Glória junto com a igreja do Outeiro.

13 comentários em “Praça Paris, Av. Beira Mar, Jardins do Monroe início dos anos 40”

  1. Fico impressionado com a limpeza das ruas nas fotos antigas!
    Como o povo ficou assim mal-educado?
    André as fotos que eu tenho, uma delas é da praça paris, tirada precisamente do jardim.
    essa foto dá para ver o prédio da mesbla, o do cine odeon e o brasilia tb!
    Cara só não mandei ainda pq nao tenho como escanear!
    abraços

      1. André,
        a ideia foi boa, fiz exatamente isso! mas nao ficou legal!
        acho que até o final da semana te mando!
        abraço

  2. Nossa, q diferença para os dias atuais. Infelizmente, para pior. Um espaço tão bonito completamente degradado, moradia de marginais e desocupados transformaram esse lugar num perigo a qq hora. Lamentável! Mas a foto é linda e transmite uma tranquilidade que dá inveja daqueles tempos.

  3. Uma cidade bem mais vazia, mais fácil de ser administrada. Atualmente com 7 milhões de pessoas, corrupção, políticos desinteressados na cidade e interessados em seus bolsos… é humanamente impossivel cuidar de uma cidade asim.
    🙁

  4. Essa região é uma vergonha. Gradearam a Praça Paris, o que deixou-se muito sem graça e os outros espaços estão entregues aos mendigos e desocupados.

  5. Que coisa linda! Em que momento da história perdemos o rumo? Como é possível o Rio ter se degradado tanto? Só é explicável pelo afluxo constante de população com outros hábitos, e pelo triunfo da agressividade e do estereótipo do carioca inculto, embalado por uma morna sensualidade, sem civismo e educação de espécie alguma, que tem sido imposto através dos anos… A pobreza não é desculpa para a falta de respeito, meus avós eram imigrantes analfabetos, como tantos outros na gávea, e os costumes eram outros.

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