Barca mista da Cia Cantareira, anos 50

andredecourt's foto van 8-12-04

Até pouco tempo atrás, os motoristas que quisessem ir do Rio para Niterói e vice versa, tinham duas opções, ou pegar uma das barcas que faziam a travessia da baia, ou então contorná-la pegando o caminho por Magé, Rio-Teresópolis e Washington Luiz.
Era uma atividade aparentemente rentável, pois havia duas empresas a Frota Carioca (depois estatizada em 1959 chegando aos nossos dias com o nome de CONERJ e hoje Barcas SA ) e a empresa Valda, no Rio o píer de embarque ficava na região do mercado, entre a estação de passageiros e o Mercado Municipal, já em Niterói os pontos de atracamento eram outros, a Frota Carioca parava um pouquinho à esquerda do terminal de passageiros atual, já as da Valda atracavam na região de Ponta da Areia, certamente tornando essa a preferida de quem queria pegar as estradas rumo a Friburgo e Região dos Lagos, São Gonçalo e Itaboraí.
Vemos na foto vemos uma das barcas mistas, carros e carga na parte de baixo, e passageiros em cima, essas barcas ainda são do tempo da Cia Cantareira, antes dela ser absorvida pela Frota carioca.
Esse tipo de barca, era muito usada para Paquetá, nos dias de entrega de mercadorias, e gêneros alimentícios, bem como no transporte das viaturas das empresas concessionárias de serviço público, essa barca partia entre duas e três vezes por semana para a ilha.
Amanhã a barca da Valda

Comments (25)

jro 8-12-04 7:19 …
:-)))
:-)))))
Tinha uma música antiga que falava sobre a Cantareira…não em lembro dela.
Jro :-)))
jconde 8-12-04 7:21 …
me lembro dessas barcas , ainda cheguei a andar nelas
anapinta 8-12-04 7:26 …
Eu também andei muito ,indo para Cabo Frio , quando era criança lembro de uma Rural Willis que caiu na Baía ! Achei o máximo ! : ))
fkremer 8-12-04 7:50 …
Bah, eu queria ter vivido um pouco dessa época. 🙂
joelmarinho 8-12-04 7:57 …
André,
o melhor desta foto está aqui: “…Até pouco tempo atrás…” – ótimo…..eu nem merecia tanto…!!!!
enquanto isso Fkremer queria ter vivido um pouco dessa época… – as opiniões sempre vão divergir…kkkkkkkkkkkkkkkkkkk abraço:)
andredecourt 8-12-04 8:00 …
Ué Joel, quando isso acabou eu já era nascido e já ia até no colégio (jardim de infância, tá certo), lembro que as ferry`s continuaram um tempo além da inauguração da ponte
rockrj 8-12-04 8:12 …
André, andei muito nestas barcas indo para Cabo Frio antes de 1974. O ruim era, na volta aos domingos, esperar na fila em Niteroi…
gerard_3 8-12-04 8:32 …
Ué eu tb lembro disto…
Qto a companhia o problema é que daí vai querer pouso…
[email protected] 8-12-04 9:05 …
jro, a musiquinha era assim: ” Só vendo como é que dói; só vendo mesmo como é que dói; trabalhar em Madureira, viajar na Cantareira e morar em Niterói. Tem um filme da Atlântida, não sei se é Esse Milhão é Meu ou Carnaval na Atlântida que tem essa música. E se não me engano, o filme Orfeu do Carnaval começa com um pessoal sambando na chegada da barca no Rio.
[email protected] 8-12-04 9:18 …
A década de 60 tinha prós e contras. A fila desta barca era interminável. Telefonar para Petrópolis no verão tinha uma espera mínima de 4 horas. Em Copacabana todas as casas tinham que ter mata-moscas. Tirar o telefone do gancho e discar, só em filme americano – o sinal demorava muito. Faltava água com frequência. Mas o Rio era belíssimo e seguríssimo!
mapas 8-12-04 9:39 …
Também atravessei muito nessas barcas, porém em modelos um pouco mais recentes que o da foto. O Luiz Darcy tirou as palavras da minha boca: aqueles eram bons tempos, mas com reservas. Saudade mesmo é da gasolina a preço irrisório, o que permitia a todo mundo viajar à vontade.
tumminelli 8-12-04 10:47 …
E a Ponte acabou com elas… não sobrou nenhuma nem como lembrança no Museu que tem na estação.
:-(((
Rafael Netto 8-12-04 10:52 …
A propósito, as barcas para carros terminaram com a inauguração da Ponte ou duraram ainda algum tempo? E essa empresa Valda, durou até o fim das barcas?
lucia 8-12-04 12:22 …
Já estava preocupada com você.
Onde andas??
Vai lá hoje?
Bjs
maluara 8-12-04 12:27 …
Como disse o Roberto (/rockrj) a fila era assustadora !!!
Beijos,
Maria Luiza
rossanah 8-12-04 12:34 …
bacana 🙂
eduardo bertoni 8-12-04 13:13 …
Estou com o Luiz Darcy.
Muitas pessoas que morrem de saudades do Rio na década de 60 nem eram nascidas ou eram muito pequenas para sofrer com os problemas da época que eram tão terríveis como os de hoje.
Tudo bem que era uma cidade segura sob certo aspecto porém era muito insegura sob outros ângulos. Você não poder contar com o telefone, a luz, a água o saneamento ou mesmo a ponte ( só quem pegou a fila do ferry na volta das férias sabe o que é ficar 7 a 8 horas dentro de um carro, em pleno verão carioca) gerava uma forma de insegurança tão severa como a de hoje.
O bom seria pegar as boas coisas de cada década e juntar tudo numa só.
Antolog 8-12-04 13:29 …
Que legal!
Concordo com o Luis Darcy: Na década de 70 Também tinhamos estes mesmos problemas.
Lefla 8-12-04 13:50 …
A fila era mesmo assustadora. Gastava-se muito tempo na viagem. Eu e minha irmã dormíamos, mas dentro da barca a curtição era grande, pois ela tinha uma certa jogada, os carros ficavam presos, era legal… para crianças, porque a viagem tornava-se longa para Friburgo.
Luiz Darcy está certo. Ligação interurbana era terrível, faltava água, a novela passava em Friburgo com 3 dias de atraso. Se fosse para outro estado, às vezes uma semana de atraso. E a falta dágua? a banheira da casa de minha mãe e da minha avó tinha uma função primordial: guardar água. Tanto que quando minha mãe reformou a cozinha fez colocar uma caixa dágua para ser usada em caso de falta geral. Foi usada muitas vezes. Hoje está vazia e inútil, no topo da área de serviço.
andredecourt 8-12-04 14:08 …
Lefla na casa das minhas tias avós também havia uma caixa d`água de emergência, coisas de quem morou no Guarujá, que tinha reservatórios mínimos.
Essa caixa dançou já na minha primeira infância o prédio que elas moravam, e no qual ainda mora a última viva, foi construído no meio dos anos 50 tem duas sisternas exageramente grandes, tanto que uma delas hoje está desativada
andredecourt 8-12-04 14:11 …
Quanto as Ferry`s meu pai conta que dava a volta pela baia nos dias de grande movimento, segundo ele bastava dar uma espiadinha na praça XV, se o negócio estava preto a solução era pegar a Primeiro de Março, Dom Gerardo, Praça Mauá e Rodrigues Alves e já cair na Brasil para contornar a baia por Magé ou então ir para Friburgo via Teresópolis, acabava sendo mais rápido
Marcelo Almirante 8-12-04 20:43 …
O Ferry dessa foto, na verdade trata-se de uma antiga barca de passageiros adaptada para o transporte de veículos. No dia 29 de fevereiro de 1862 é dado o início da operação de barcos a vapor pelo sistema ferry, na ligação entre o Cais Pharoux e Niterói, e que, pela maior rapidez e possibilidade de transporte de veículos, levou a Sociedade de Navegação de Nictheroy, pioneira na operação de barcos a vapor do trecho desde 1835, à falência . No ano de 1890 a companhia Ferry foi incoporada à companhia Cantareira.
[email protected] 8-12-04 22:39 …
Caro André:
[email protected] 8-12-04 22:43 …
Caro André:
É impagável o bem que voce nos faz ao trazer fragmentos de nosso passado.Um abraço.Fmuniz
[email protected] 10-12-04 19:11 …
Excelente a aula de historia.Apesar dos meus 56, não conhecia a origem de “Mata paulista”!!
Fmuniz